Samoa

Apesar da vivacidade de grupos de imprensa como Talamua Media ou o grupo do Samoa Observer, o arquipélago está perdendo seu status de modelo de liberdade de imprensa na região do Pacífico. Em 2013, as autoridades haviam abolido a lei sobre a criminalização da difamação, que havia gerado esperanças reais. Tudo à toa: o Parlamento finalmente restabeleceu a lei em dezembro de 2017, sob pressão do Primeiro Ministro Tuilaepa Sailele Malielegaoi, para cuidar dos jornalistas que ousem criticar membros do governo. Desde então, o mesmo primeiro-ministro multiplicou declarações nas quais pretende explicar aos jornalistas como fazer seu trabalho e ditaro que pode ou não ser investigado. No início de 2018, o mesmo primeiro-ministro alertou a mídia samoana, pedindo-lhes que "Não brinquem com fogo" ao publicar informações que iam de encontro com seus interesses, caso contrário, seu gabinete se encarregaria de censurar seus sites. Essas ameaças repetidas levaram a Aliança de Profissionais da Mídia pelo Desenvolvimento (Samoa Alliance of Media Practitioners for Development, SAMPOD) a mobilizar a profissão para reafirmar o direito fundamental dos samoanos de acessar informações plurais, livres e independentes, como condição indispensável para o exercício da democracia no arquipélago. 

Em mais um sinal do endurecimento da situação, em 2020, o primeiro-ministro Tuilaepa ameaçou banir o Facebook e ele próprio registrou uma queixa por difamação contra um blogueiro cujos comentários o desagradaram.