Américas
Equador
-
Ranking 2023
80/ 180
Nota: 60,51
Indicador político
66
60.52
Indicador econômico
33
61.60
Indicador legislativo
58
70.13
Indicador social
93
61.55
Indicador de segurança
128
48.76
Ranking 2022
68/ 180
Nota: 64,61
Indicador político
73
60.10
Indicador econômico
42
55.44
Indicador legislativo
79
67.98
Indicador social
87
69.50
Indicador de segurança
82
70.03

​​No Equador, os jornalistas trabalham em um clima de insegurança, autocensura e hostilidades crescentes, marcado por um aumento do poderio de gangues criminosas e cartéis da drogas, assim como pelo aumento de ameaças, agressões físicas, atentados e até assassinatos. 

Cenário midiático

El Comercio e El Universo são os dois principais jornais do Equador, país onde o clima de insegurança e as dificuldades econômicas afetam a prática do jornalismo. Embora a mídia online venha tentando assumir o jornalismo investigativo, seu modelo econômico, na maioria dos casos, ainda não é suficientemente sólido, como mostra o recente fechamento do site Los 4 Pelagatos

Contexto político

Os três mandatos consecutivos de Rafael Correa (2007-2017) foram desastrosos para a liberdade de imprensa. O ex-presidente tentava constantemente controlar a agenda midiática e transformou a mídia pública em mídia de Estado, sem hesitar em atacar pessoal e publicamente os jornalistas críticos, gerando assim inúmeros conflitos entre as autoridades e a imprensa independente. O período de Lenín Moreno na presidência (2017-2021) e o início do mandato de Guillermo Lasso, eleito em maio de 2021, aliviaram as tensões entre o governo equatoriano e muitos veículos de comunicação privados. No entanto, recentemente o presidente atacou o site La Posta por sua cobertura do caso “El Gran Padrino”, que envolve um membro de sua família.

Quadro jurídico

A Lei Orgânica de Comunicação (LOC), promulgada em 2013, foi desviada de seu objetivo e muitas vezes se voltou contra jornalistas. A lei costumava ser usada sobretudo para justificar demissões, processos por difamação e imposição de multas a repórteres. Ao longo do mandato de Guillermo Lasso, entretanto, os aspectos mais críticos da LOC foram modificados: por exemplo, a noção de “linchamento midiático” e a função de superintendente de comunicação foram extintas, assim como o artigo 10, sobre a regulamentação ética da prática do jornalismo.

Contexto económico

O modelo econômico dos meios de comunicação tradicionais foi severamente afetado por uma série de fatores políticos e econômicos, agravados pela pandemia de Covid-19. Muitos jornais, como La Hora e o diário estatal El Telégrafo, abandonaram sua versão impressa, mantendo apenas as edições online. Muitas estações de rádio suprimiram os programas de notícias, e até mesmo o grande diário El Comercio demitiu grande parte de seus funcionários. O número de sites na internet está em crescimento, mas seu modelo de negócios ainda precisa ser consolidado.

Segurança

O ano de 2022 foi difícil para o jornalismo equatoriano, com um aumento das agressões devido ao crescimento da criminalidade ligada às drogas, bem como ao clima pré-eleitoral (eleições regionais e o referendo de 5 de fevereiro de 2023). O assassinato encomendado dos jornalistas Mike Cabrera, Gerardo Delgado e César Vivanco – por razões ainda não esclarecidas que podem estar ligadas tanto a seu trabalho jornalístico quanto à sua condição de pré-candidatos às eleições regionais –, as frequentes ameaças de morte contra jornalistas e os ataques a redações apontam para uma violência e uma impunidade estruturais que afetam não apenas a profissão, mas a sociedade equatoriana como um todo. Nas zonas de fronteira, como as províncias de Esmeraldas e de El Oro, assim como nos portos onde operam os cartéis, a autocensura tem estado cada vez mais presente entre os jornalistas locais, o que cria “buracos negros de informação” em várias regiões do país.

Ataques em tempo real em Equador

Assassinados a partir de 1o de janeiro 2024
1 jornalistas
0 colaboradores de meios
1
Detidos atualmente
0 jornalistas
0 colaboradores de meios
0