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Embora os jornalistas não trabalhem em um ambiente hostil, a desinformação generalizada e a falta de profissionalismo contribuem para a diminuição da confiança da sociedade na mídia, o que expõe veículos independentes a ameaças e ataques. Além disso, funcionários do governo muitas vezes adotam atitudes inadequadas e aviltantes em relação aos jornalistas.
Cenário midiático
A televisão continua sendo a principal fonte de informação, mas a mídia online vem ganhando importância. No entanto, é preciso fazer uma distinção entre as redações profissionais de mídia digital, que empregam jornalistas e publicam conteúdo original, e os portais individuais que copiam e plagiam esse conteúdo. Há também uma grande discrepância entre consumo e confiança: os canais de TV mais assistidos têm um índice de confiabilidade baixo.
Contexto político
O ambiente geral permanece bastante favorável à liberdade de imprensa e permite o exercício do jornalismo crítico, mas as instituições são pouco transparentes. Devido à forte polarização política da sociedade, a mídia pode sofrer pressão de autoridades, políticos e empresários. Os dois maiores partidos, no poder e na oposição, criaram sistemas de mídia paralelos, sobre os quais exercem sua influência política e econômica. A emissora pública não tem independência editorial nem financeira.
Quadro jurídico
Embora a Constituição garanta a liberdade de expressão e proíba a censura, o país está atrasado em termos de adequação da legislação de mídia aos padrões da União Europeia, à qual pretende aderir. O abuso judicial da lei de responsabilidade civil por difamação incentiva a autocensura nos meios de comunicação, e as ações judiciais servem como instrumentos de intimidação e pressão sobre a mídia independente. Um projeto de lei que voltou a permitir a publicidade estatal nos meios de comunicação privados tem gerado preocupação devido ao tráfico de influência ligado a essa prática.
Contexto económico
Embora determinados tipos de concentração de mídia sejam proibidos por lei, as redações de alguns dos principais canais de TV estão expostas a pressões econômicas por parte dos proprietários. O financiamento estatal é limitado e pouco transparente, e a mídia independente depende em grande parte de doadores. A ajuda financeira externa, orientada para projetos específicos, contribui para a sua sobrevivência, mas não para o seu desenvolvimento. Há tráfico de influência entre agências de marketing e determinados meios de comunicação.
Contexto sociocultural
Embora uma imprensa livre se desenvolva em um ambiente cultural e social sem restrições específicas, as redes sociais e o espaço digital em geral favorecem a disseminação de desinformação e de ameaças cibernéticas. Juntamente com regulamentações profissionais pouco exigentes, elas contribuem para o declínio da confiança do público na mídia e abrem caminho para ataques a jornalistas com base em gênero, etnia ou religião.
Segurança
Os jornalistas são alvo de ataques verbais regulares. Além disso, sob o pretexto de proteger segredos de Estado e dados pessoais, podem ser expostos a pressões judiciais e processos abusivos (“processos-mordaça”, ou SLAPP). Ainda assim, os tribunais tendem a defender a liberdade de imprensa e proteger esses profissionais, e estão em curso várias medidas para aumentar a proteção aos jornalistas. Na capital, um procurador especial foi nomeado para tratar de casos de agressão contra jornalistas, e estuda-se a abertura de gabinetes semelhantes em todo o país.