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Na República Dominicana, a liberdade de imprensa e de expressão é real e garantida pela Constituição. Nos últimos anos, houve um declínio nos ataques verbais e físicos a jornalistas.
Cenário midiático
À medida que a democracia dominicana parece ganhar força, o papel da mídia também se consolida e passa a ter mais influência. O setor midiático é diversificado e dinâmico, e os jornalistas revelam regularmente escândalos envolvendo figuras que estão ou estiveram no poder, ou pessoas próximas a elas. A população tem acesso a todos os meios de comunicação. Os principais jornais contam com versões impressas e digitais, enquanto noticiários são transmitidos diariamente na televisão e no rádio. A Internet cresceu e se tornou um meio de comunicação de massa, aumentando o alcance da grande mídia e dando origem a veículos menores. Os jornais de maior tiragem são o Diario Libre e o Listín Diario, sendo este último gratuito desde a sua criação.
Contexto político
Cada vez mais jornalistas são identificados por seus vínculos com partidos políticos. Como em outros países, os políticos apresentam suas posições e ideias na imprensa. Campanhas de desinformação ou ataques à mídia são raros na República Dominicana e acontecem principalmente nas redes sociais. Essas campanhas também são usadas para divulgar informações falsas sobre o país.
Quadro jurídico
A Constituição dominicana garante a liberdade de imprensa, mas alguns artigos do Código Penal ainda prevêem penas de prisão para jornalistas considerados culpados de difamação ou calúnia. Nos últimos anos, o Tribunal Constitucional (TCRD) declarou inconstitucional a sanção imposta aos diretores ou proprietários de meios de comunicação que autorizam a publicação de informação redigida por terceiros (jornalistas ou colunistas). Vários projetos de lei visando à descriminalização dos crimes de imprensa foram submetidos ao Congresso Nacional (bicameral).
Contexto económico
A TV paga e a Internet possibilitaram o surgimento de dezenas de programas e pequenos veículos de comunicação online. Muitos jornalistas lançaram seus próprios programas de TV e criaram seus próprios sites. As publicações mais importantes e tradicionais têm enfatizado o conteúdo digital e reduzido o formato das edições impressas. A crise econômica causada pela pandemia também as obrigou a diminuir o número de páginas. A publicidade, seja estatal ou privada, desempenha um papel essencial no desenvolvimento da imprensa, e embora as campanhas públicas ainda sejam voltadas principalmente para os grandes veículos de comunicação, elas também têm aparecido nos veículos menores.
Contexto sociocultural
Embora a sociedade dominicana veja o papel da imprensa como positivo, é preciso ressaltar que os principais veículos de notícias estão nas mãos de uma única empresa privada, que está entre as mais poderosas do país. É o caso dos jornais Listín Diario, Hoy, El Nacional, El Caribe e El Día (grátis) e dos canais de TV Telesistema, CDN, Teleantilhas e Coral. O Diario Libre, por exemplo, pertence a empresários ligados ao setor bancário.
Segurança
Na República Dominicana, os jornalistas trabalham em condições de segurança satisfatórias. Embora durante anos tenham circulado rumores de que todos os telefones de “interesse” dos serviços de inteligência eram grampeados, não há evidências de que isso se aplique aos profissionais da informação. Jornalistas que foram alvo de ameaças diretas receberam proteção do Estado.