O país é uma exceção na Ásia Central, com relativa liberdade de expressão e de imprensa, apesar de uma economia instável e corrupção desenfreada dentro do poder público.
Cenário midiático
As autoridades ainda controlam os principais meios de comunicação tradicionais e tentam estender sua influência aos meios de comunicação privados. Mas existe um certo pluralismo, com sites de notícias independentes populares como 24.kg, Kaktus.media ou Kloop.kg, e o desenvolvimento do jornalismo investigativo e do jornalismo de dados. A esfera midiática se expandiu nos últimos anos, com mais de cinquenta grupos audiovisuais. O rádio e a televisão também continuam a ser as principais fontes de informação para os habitantes do país.
Contexto político
O Quirguistão, com um contexto político muito instável e polarizado, passou por 3 revoluções desde sua independência em 1991. Alguns meios de comunicação são usados por políticos para seus interesses pessoais. As instituições públicas restringem o acesso dos jornalistas à informação.
Quadro jurídico
Nos últimos anos, as autoridades tenderam a fortalecer a censura e introduzir leis restringindo a liberdade de imprensa. Após uma tentativa fracassada em 2020, o presidente Sadyr Japarov aprovou em 2021 uma lei de proteção contra "notícias falsas", que vai contra a constituição e os tratados internacionais e restringe a liberdade de imprensa.
Contexto económico
O apoio maciço do governo a publicações pró-governo distorce a concorrência entre os meios de comunicação. As autoridades também ameaçam introduzir um status de “agente estrangeiro”, semelhante ao vigente na Rússia, que visaria a mídia independente pelo fato desta receber parte de seu financiamento do exterior.
Contexto sociocultural
Devido ao alto nível de corrupção no país, reportagens sobre o assunto são apreciadas. Mas a maioria da sociedade não compartilha das opiniões críticas e das ideias democráticas divulgadas pelos jornalistas.
Segurança
Os meios de comunicação independentes são regularmente condenados quando criticam as autoridades, sobretudo por difamação, e são por vezes alvo de ciberataques na sequência de artigos sobre casos de corrupção. Jornalistas investigativos são alvos de violência, assim como repórteres em comícios e manifestações.