Ranking 2023
5/ 180
Nota: 87,94
Indicador político
5
91.55
Indicador econômico
5
83.80
Indicador legislativo
11
84.86
Indicador social
13
89.17
Indicador de segurança
23
90.35
Ranking 2022
5/ 180
Nota: 88,42
Indicador político
6
90.40
Indicador econômico
5
82.03
Indicador legislativo
9
86.64
Indicador social
10
90.77
Indicador de segurança
10
92.26

Os meios de comunicação são livres na Finlândia, onde a primeira lei do mundo proibindo a censura foi aprovada em 1766, quando o país ainda estava sob domínio sueco. No entanto, os processos por violação de segredo de Estado movidos contra o maior jornal finlandês geraram um clima de incerteza na profissão.

Cenário midiático

Uma população pequena com uma língua dominante distinta, o finlandês, sustenta um mercado relativamente pequeno e um sistema de mídia bastante concentrado. A paisagem não é menos diversificada, com uma forte emissora pública (Yle) respondendo por quase metade das audiências de TV e rádio, várias emissoras nacionais privadas, um número crescente de agências de notícias online e uma infinidade de jornais regionais e locais. O conteúdo nas línguas minoritárias sueca e sámi também está disponível.

Contexto político

Os meios de comunicação são, em sua maioria, completamente independentes de partidos e políticos, com exceção da radiotelevisão pública Yle, cujas ações são detidas pelo Parlamento. No entanto, os políticos não têm autoridade para nomear ou demitir jornalistas.  As tentativas de influenciar o conteúdo são raras e não aceitas.

Quadro jurídico

No país onde a primeira proibição de censura do mundo foi adotada sob o domínio sueco em 1766, a liberdade dos meios de comunicação goza de fortes garantias constitucionais. Na esfera judicial, sanções limitadas podem ser aplicadas por difamação, discurso de ódio extremo ou alta traição. O sigilo das fontes é protegido por lei e só pode ser quebrado pelos tribunais, em condições muito específicas. Entretanto, a condenação, em 2023, de dois jornalistas do diário Helsingin Sanomat por terem revelado segredos de Estado, gera incerteza entre os jornalistas que cobrem questões de segurança nacional.

Contexto económico

A maioria dos meios de comunicação são privados e o número de meios de comunicação em relação à população é um dos mais altos do mundo. A ascensão das redes sociais aumentou a pressão financeira sobre os meios de comunicação tradicionais, que estão sujeitos a uma maior concentração, sem qualquer regulamentação específica. As autoridades não podem favorecer um determinado meio e nenhum caso de corrupção de um jornalista ou editor foi relatado.

Contexto sociocultural

Apesar da relativa paridade de gênero na sociedade, as jornalistas do sexo feminino correm maior risco de assédio e intimidação online. Embora os jornalistas raramente sejam submetidos à violência física, as ameaças a que podem estar sujeitos podem levar ao aumento da autocensura. As minorias étnicas estão sub-representadas entre os profissionais da mídia, o que impacta o trabalho jornalístico e a pluralidade de conteúdos.

Segurança

Os jornalistas podem estar sujeitos a estresse psicológico não apenas por assédio nas redes sociais, mas também devido a processos mordaça (“Strategic Lawsuits Against Public Participation”, ou SLAPPs), para os quais o sistema legislativo ainda não oferece uma resposta. Os jornalistas freelancers, em particular, estão em situação de vulnerabilidade, e um fundo de apoio foi criado pelo Sindicato dos Jornalistas da Finlândia para compensar a perda de renda, pagar por psicoterapia, etc.