África
Guiné
-
Ranking 2022
84/ 180
Nota: 59,82
Indicador político
80
59.26
Indicador econômico
70
47.05
Indicador legislativo
65
71.15
Indicador social
81
70.67
Indicador de segurança
122
50.96
Ranking 2021
109/ 180
Nota: 64,58
N/A
Estes indicadores não estão disponíveis antes de 2022 em função de uma mudança metodológica

O pluralismo dos meios de comunicação é bastante real na Guiné e os jornalistas gozam de uma certa liberdade de expressão. Espera-se que o novo regime transitório, instalado desde o golpe de setembro de 2021, aborde questões relativas à liberdade de imprensa. 

Cenário midiático

O cenário midiático é pluralista na Guiné. Desde a década de 1990, a imprensa escrita floresceu: dos 65 semanários existentes, 10 são publicados regularmente, sejam jornais satíricos como o Le Lynx, ou jornais de notícias gerais como o L’Indépendant. O setor audiovisual é composto por pelo menos 60 emissoras de rádio e cerca de dez canais de televisão. Online, uma centena de sites de notícias surgiram em 25 anos.  Contudo, a produção de informações críticas e independentes continua difícil, principalmente quando envolve membros do governo ou das forças de segurança.

Contexto político

Durante a presidência de Alpha Condé (2010-2021), as autoridades tentavam regularmente censurar a mídia crítica ao poder. Desde a chegada ao poder de um governo de transição, a situação parece ter-se acalmado e o primeiro-ministro se comprometeu, durante uma reunião com a RSF, a defender a liberdade de imprensa logo que tomasse posse. A falta de visibilidade, no entanto, leva os jornalistas a serem cautelosos.

Quadro jurídico

O fim das penas de prisão por crimes de imprensa consagrado na lei de liberdade de imprensa promulgada em 2010 é um grande passo adiante na proteção dos jornalistas. Entretanto, a lei orgânica sobre o direito de acesso à informação pública e que estabelece o princípio da transparência ainda não está em vigor, apesar da sua adoção em novembro de 2020, e os jornalistas continuam a ser alvo de prisões e detenções.

Contexto económico

Na Guiné, a mídia estatal é favorecida em detrimento da mídia privada, com o Estado priorizando a estatal no acesso aos eventos oficiais e na difusão de comunicações governamentais. Os subsídios concedidos à mídia privada são considerados insuficientes.  Além disso, a pandemia de Covid-19 agravou as dificuldades financeiras que afetam o setor da imprensa. 

Contexto sociocultural

Alguns assuntos, como homossexualidade, poligamia ou violência conjugal, são tratados com certa cautela, até mesmo comedimento para não ofender a moralidade pública. Os jornalistas que cobrem a questão da luta contra a mutilação genital feminina ou o casamento forçado também são, por vezes, alvo de grupos de interesse religioso.

Segurança

Os jornalistas são regularmente vítimas de agressões e violência, principalmente durante manifestações políticas. Os profissionais de mídia também são frequentemente vítimas de ameaças de morte e assédio nas redes sociais. Os autores desses atos de violência, muitas vezes policiais, mas também militantes de partidos políticos ou ativistas, permanecem na grande maioria impunes.

Ataques em tempo real em Guiné

Assassinados a partir de 1o de janeiro 2023
0 jornalistas
0 colaboradores de meios
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Presos atualmente
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