Américas
Haiti
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Ranking 2023
99/ 180
Nota: 57,38
Indicador político
71
59.38
Indicador econômico
79
48.18
Indicador legislativo
61
69.95
Indicador social
69
73.38
Indicador de segurança
152
36.02
Ranking 2022
70/ 180
Nota: 64,55
Indicador político
77
59.60
Indicador econômico
56
50.34
Indicador legislativo
63
72.22
Indicador social
47
80.67
Indicador de segurança
106
59.91

Os jornalistas haitianos sofrem com uma significativa falta de recursos financeiros, ausência de apoio institucional e dificuldade de acesso à informação. Nos últimos dois anos, também foram alvo de gangues, vítimas de sequestro e assassinato com total impunidade.

Cenário midiático

O rádio é o meio de comunicação de massa mais popular no Haiti. Mais de 700 emissoras de rádio e televisão operam no território, mas apenas metade funciona legalmente, com uma licença concedida pela Conatel, agência que regula as comunicações. A mídia privada, fortemente influenciada pelos interesses de seus acionistas, tem dificuldade de expressar seus pontos de vista e tende a se autocensurar. A empresa de rádio e TV do Haiti, RTNH, é o principal grupo de mídia estatal.

Contexto político

Há décadas, o Haiti está mergulhado em uma profunda crise política e social, que teve uma trágica reviravolta com o assassinato do presidente Jovenel Moïse, em julho de 2021, na capital, Porto Príncipe. Esse fim abrupto de uma presidência controversa, em um clima geral de insegurança e violência, deu início a uma nova era de incertezas no país.

Quadro jurídico

A Constituição garante a liberdade de imprensa, mas, na prática, os jornalistas enfrentam inúmeros obstáculos. Mesmo quando relatam ameaças de morte confiáveis às autoridades competentes, esses casos raramente vão além da denúncia formal, e os profissionais dos meios de comunicação não contam com nenhuma medida protetiva.

Contexto económico

Há quase um século, o Haiti é um dos países mais pobres do continente americano. A economia, baseada essencialmente na agricultura, é muito vulnerável às vicissitudes climáticas. O país também é fortemente dependente da ajuda internacional e das remessas dos haitianos que vivem na diáspora. O jornalismo é uma das profissões mais mal remuneradas no país. Com exceção daqueles que trabalham para a mídia pública e alguns raros veículos privados, os repórteres têm dificuldade de suprir suas necessidades alimentares básicas.

Contexto sociocultural

O Haiti é um país culturalmente rico, especialmente na arte, na música, na dança e no teatro. Esses recursos constituem um fator de desenvolvimento capaz de projetar uma imagem diferente do país e atrair turistas. No entanto, a infraestrutura existente na ilha foi significativamente danificada por sucessivos desastres naturais.

Segurança

Desde 2018, os protestos, muitas vezes violentos, têm se multiplicado no Haiti. Intimidações e ataques violentos por parte das forças de segurança e de manifestantes contra jornalistas são frequentes. A profissão, cada vez mais estigmatizada e vulnerável, vem sendo também alvo de gangues nos últimos dois anos: jornalistas são sequestrados e assassinados com total impunidade. Somente em 2022, pelo menos seis deles perderam a vida por motivos ligados à profissão, colocando o Haiti na lista dos países mais perigosos para os jornalistas na região.