Américas
Colômbia
-
Ranking 2022
145/ 180
Nota: 42,43
Indicador político
130
44.70
Indicador econômico
142
32.27
Indicador legislativo
109
60.42
Indicador social
146
50.38
Indicador de segurança
160
24.40
Ranking 2021
134/ 180
Nota: 56,26
N/A
Estes indicadores não estão disponíveis antes de 2022 em função de uma mudança metodológica

A Colômbia continua sendo um dos países mais perigosos para jornalistas. A cobertura de temas relacionados ao meio ambiente, conflito armado, corrupção ou conluio entre políticos e grupos armados ilegais os expõe sistematicamente a assédio, intimidação e violência.

Cenário midiático

Os meios de comunicação estão concentrados em três grupos principais:  Luís Carlos Sarmiento Angulo, Ardila Lulle, proprietários da RCN TV, e da Radial Olímpica-Valorem. O rádio continua sendo o meio mais difundido no país, mas também o setor com o modelo econômico mais precário. Durante a pandemia, mais da metade dos habitantes das capitais departamentais obtiveram informações por meio de sites de notícias online e redes sociais.  Apesar da presença da mídia nos departamentos, falta informação local na maior parte do país.

Contexto político

Em 2021, o país passou pela mais grave agitação social de sua história. Desde 28 de abril, data da primeira grande manifestação contra uma impopular reforma tributária, dezenas de milhares de colombianos em todo o país aderiram ao movimento grevista para denunciar a crescente desigualdade, explicitada pelo impacto desastroso da Covid-19 nas comunidades mais vulneráveis e pela violência policial. Os líderes nacionais e locais, bem como os principais atores políticos, estigmatizam cada vez mais os jornalistas críticos.

Quadro jurídico

A Constituição de 1991 garante a liberdade de expressão e informação.  Cada setor de mídia possui um patrimônio jurisprudencial, mas a multiplicidade de leis só cria confusão. Entre 2018 e 2022, o governo aprovou as leis de televisão e informação no Congresso, enquanto tentava repetidamente restringir a liberdade de imprensa. Durante cada período eleitoral, as autoridades limitam a divulgação de informações sobre “a ordem pública” àquelas confirmadas por fontes oficiais.

Contexto económico

Durante a pandemia, grupos de mídia, bem como quase 600 meios de comunicação nacionais receberam assistência do governo para compensar a queda nas vendas de publicidade. Esta medida, no entanto, criou uma situação totalmente injusta para a mídia regional, comunitária e independente, com fontes de financiamento reduzidas e geralmente distante da narrativa ditada pelas autoridades colombianas. No interior, os meios de comunicação são cooptados por financiamentos do setor público ou de empresas locais, o que impacta na sua abordagem crítica.

Contexto sociocultural

Os ataques a jornalistas por manifestantes durante as mobilizações sociais aumentaram, consequência da polarização ideológica do país, enquanto a confiança na mídia continua em declínio. O resultado é uma rejeição tanto da presença quanto do trabalho do jornalismo. As redes sociais tornaram-se os principais canais de divulgação de violações de direitos humanos por parte da polícia durante os movimentos de protesto.  

Segurança

A cobertura de questões ambientais como mineração e desmatamento expõe os jornalistas à violência, assim como histórias relacionadas a conflitos armados, conflitos sociais relacionados a reivindicações de terras, organização comunitária ou reivindicação de direitos de comunidades étnicas e as instâncias do acordo de paz. Temas relacionados à corrupção e abordando alianças entre políticos, grupos armados e empresas privadas também são particularmente sensíveis para a segurança dos profissionais.