Ásia-Pacífico
Nova Zelândia
-
NZ
Ranking 2023
13/ 180
Nota: 84,23
Indicador político
6
89.69
Indicador econômico
9
77.45
Indicador legislativo
35
78.62
Indicador social
30
84.09
Indicador de segurança
17
91.30
Ranking 2022
11/ 180
Nota: 83,54
Indicador político
7
90.15
Indicador econômico
10
75.26
Indicador legislativo
54
74.78
Indicador social
15
89.75
Indicador de segurança
21
87.76

A Nova Zelândia é um modelo de jornalismo de interesse público, com regulação do mercado, jurisprudência favorável e respeito à diversidade. Os 5 milhões de neozelandeses desfrutam de um alto grau de liberdade de imprensa.

Cenário midiático

Depois de sérias preocupações, no fim dos anos 2010, com o pluralismo e a independência editorial dos meios de comunicação, a situação melhorou graças, entre outras coisas, às leis antitruste de 2020. O Stuff, principal portal de notícias do país, conseguiu reconquistar sua independência financeira – e, portanto, editorial – depois de ter sido alvo da cobiça de grandes grupos. Agora enfrenta a concorrência de outros sites de notícias online, como The Spinoff e Newsroom. O grupo New Zealand Media and Entertainment (NZME) é dono do principal jornal diário do país, The New Zealand Herald, assim como da rádio Newstalk ZB. O setor audiovisual é dominado pela empresa pública, dividida entre suas duas entidades, Television New Zealand e Radio NZ. O último de muitos projetos de fusão entre as duas divisões foi rejeitado em 2022, uma vez que era uma busca por sinergia econômica que representava fortes ameaças à qualidade da informação.

Contexto político

Na veterana democracia neozelandesa, instituída em 1852, uma fronteira impermeável separa o poder Executivo da imprensa, reconhecida como garantidora do estado de direito e da defesa do interesse público. Com o Conselho de Mídia e a Public Broadcasting Standards Authority, os jornalistas do arquipélago contam com dois órgãos de autorregulação cujos membros são nomeados por meio de um processo que garante a sua independência.

Quadro jurídico

Na ausência de uma Constituição codificada e de leis específicas sobre o assunto, não há garantias legais para a liberdade de imprensa. No entanto, a jurisprudência determina que as disputas jurídicas relacionadas à mídia, como casos de difamação, sejam resolvidas nos tribunais civis e, na maioria das vezes, de forma amigável. Há anos, jornalistas de todo o país pedem a revisão da Lei de Informação Oficial de 1982 (Official Information Act, OIA), que deveria garantir uma governança transparente, mas, na prática, dá às agências governamentais um prazo excessivo para responder às solicitações dos jornalistas e obriga os meios de comunicação a pagar centenas de dólares para obter informações públicas. O governo se comprometeu com essa reforma, mas ela foi adiada para o início de 2021.

Contexto económico

A viabilidade econômica de muitos meios de comunicação foi seriamente ameaçada pela crise de Covid-19, que extinguiu cerca de 700 postos de trabalho no setor. Para responder a essa emergência, o governo anunciou a liberação de subsídios totalizando 55 milhões de dólares neozelandeses (33 milhões de euros) ao longo de três anos, no âmbito de um fundo de apoio ao jornalismo de interesse público. 

Contexto sociocultural

A sociedade neozelandesa é multicultural em seu DNA, com o reconhecimento recíproco das populações maori e europeia desde o Tratado de Waitangi, em 1840. A dimensão bicultural da nação, no entanto, não está totalmente refletida na mídia, que ainda é dominada pela imprensa de língua inglesa. Tem havido um reequilíbrio gradativo, como evidenciado pelo sucesso da rede Māori Television e de programas em língua maori voltados para o público em geral, como Te Karere, The Hui e Te Ao. A mídia da Nova Zelândia também desempenha um papel importante como canal de comunicação para outras nações do Pacífico Sul, por meio da Radio Pasifika e da Pacific Media Network. 

Segurança

Os jornalistas atuam em um ambiente livre de violência e intimidação, embora sejam cada vez mais confrontados com o problema do assédio online. As condições de trabalho também se tornaram mais duras no início de 2022, com protestos contra as restrições decorrentes da Covid-19 nos quais ocorreram casos de violência, insultos e ameaças de morte contra jornalistas, episódios até então extremamente raros no arquipélago.

Ataques em tempo real em Nova Zelândia

Assassinados a partir de 1o de janeiro 2024
0 jornalistas
0 colaboradores de meios
0
Detidos atualmente
0 jornalistas
0 colaboradores de meios
0