Américas
Estados Unidos
-
Ranking 2023
45/ 180
Nota: 71,22
Indicador político
28
76.56
Indicador econômico
24
69.76
Indicador legislativo
40
77.31
Indicador social
43
80.00
Indicador de segurança
120
52.49
Ranking 2022
42/ 180
Nota: 72,74
Indicador político
36
72.99
Indicador econômico
38
59.33
Indicador legislativo
46
77.32
Indicador social
41
81.43
Indicador de segurança
72
72.63

Após um aumento acentuado em 2020, as violações da liberdade de imprensa diminuíram consideravelmente nos Estado Unidos, mas ainda há obstáculos estruturais significativos neste país que já foi considerado um modelo de liberdade de expressão. 

Cenário midiático

Embora os grandes veículos de comunicação americanos geralmente operem livres de qualquer interferência do governo, muitos veículos populares são de propriedade de um punhado de indivíduos ricos. Em um cenário midiático global diversificado, a imprensa local diminuiu significativamente nos últimos anos. Um interesse crescente na mídia partidária ameaça sua objetividade, ao mesmo tempo que a confiança do público na imprensa caiu de forma alarmante.

Contexto político

Após quatro anos de constante difamação da imprensa pelo presidente Trump, seu sucessor, Joe Biden, expressou o desejo de ver os Estados Unidos recuperarem seu status de modelo de liberdade de expressão, um desejo que se materializou na retomada das coletivas de imprensa regulares da Casa Branca e da agência federal. Apesar desses esforços, muitos dos problemas subjacentes e recorrentes que afetam os jornalistas permanecem ignorados pelas autoridades, como o desaparecimento da informação local, a polarização da mídia ou o enfraquecimento do jornalismo e da democracia causado pelas plataformas digitais e redes sociais.

Quadro jurídico

Há um debate em curso sobre a reforma da Seção 230 da Communications Decency Act, que isenta as empresas proprietárias de redes sociais e outras empresas de hospedagem na internet da responsabilidade pelo conteúdo publicado por terceiros em suas plataformas. Há uma pressão crescente para uma revisão da decisão histórica Sullivan vs. New York Times, que protege amplamente os meios de comunicação de processos por difamação. A Press Act, lei federal destinada a proteger os jornalistas e suas fontes, foi rejeitada por uma margem estreita em 2022. O governo dos Estados Unidos continua buscando a extradição do fundador do Wikileaks, Julian Assange, para que ele responda na justiça pela publicação de documentos confidenciais vazados em 2010. Assange permanece em prisão preventiva no Reino Unido, situação que impacta o saldo de ambos os países em termos de liberdade de imprensa. Mais de uma dúzia de estados e comunidades nos país propuseram ou promulgaram leis para limitar o acesso dos jornalistas a espaços públicos, proibindo-os sobretudo de ter acesso a reuniões legislativas e de gravar a polícia.

Contexto económico

As restrições econômicas afetaram drasticamente os jornalistas que trabalham nos Estados Unidos, onde mais de 360 jornais desapareceram desde 2019 e onde os maiores jornais não param de perder assinantes. Embora alguns veículos públicos, especialmente rádios, tenham conseguido compensar esse declínio graças a modelos de assinatura online, outros optaram pelo crescimento por meio de um sistema de doações individuais. Devido a uma economia imprevisível em decorrência da pandemia de Covid-19 e à forte redução das receitas publicitárias, vários grandes veículos de comunicação – sobretudo CNN, NBC, Buzzfeed, Vox e Washington Post – anunciaram ondas de demissões em 2022 e 2023. Essas condições econômicas afetaram particularmente os veículos menores e locais, cuja sobrevivência está cada vez mais ameaçada.

Contexto sociocultural

De acordo com estudos recentes, a mídia americana é objeto de uma desconfiança sem precedentes.  A desinformação que afeta a sociedade americana criou um clima em que os cidadãos não sabem mais em quem confiar. O assédio online, especialmente contra mulheres e minorias, também se mostra um problema real para jornalistas e pode afetar sua qualidade de vida e sua segurança.

Segurança

Nos últimos anos, os jornalistas americanos tiveram que trabalhar em condições perigosas e enfrentaram uma atmosfera de animosidade e agressividade sem precedentes durante manifestações, quando repórteres claramente identificados como tal foram alvo de agressões físicas deliberadas. Pode-se observar um padrão preocupante de assédio, intimidação e ataques a jornalistas em campo. Em setembro de 2022, o jornalista Jeff German, do Las Vegas Review Journal, foi morto a facadas. No início de 2023, um administrador público do condado de Clark – que havia perdido as eleições primárias depois de German denunciar uma série de condutas impróprias durante seu mandato – foi acusado do assassinato. Na época de sua morte, Jeff German trabalhava nos desdobramentos do caso.

Ataques em tempo real nos Estados Unidos

Assassinados a partir de 1o de janeiro 2024
0 jornalistas
0 colaboradores de meios
0
Detidos atualmente
0 jornalistas
0 colaboradores de meios
0