Ranking 2023
3/ 180
Nota: 89,48
Indicador político
4
91.95
Indicador econômico
4
85.17
Indicador legislativo
5
87.50
Indicador social
17
87.78
Indicador de segurança
5
95.00
Ranking 2022
2/ 180
Nota: 90,27
Indicador político
2
94.34
Indicador econômico
3
83.67
Indicador legislativo
4
89.18
Indicador social
9
91.17
Indicador de segurança
7
92.97

O jornalismo investigativo tradicional tem sido objeto de um interesse renovado no contexto da crise sanitária, particularmente em temas relacionados a questões de saúde.

Cenário midiático

Embora o país tenha apenas 5,8 milhões de habitantes, há nada menos que oito jornais (Politiken, Berlingske, Morgenavisen Jyllands Posten, etc.), cinco estações de rádio e dois canais de televisão nacionais, além de oito canais regionais. A mídia exclusivamente online também cresceu nos últimos anos. De maneira geral, embora os dinamarqueses desconfiem das redes sociais e da imprensa local, eles são muito leais à mídia nacional. Isto é especialmente verdadeiro para a mídia pública (Denmarks Radio, TV2), muito seguida pelas gerações mais jovens durante a crise sanitária.

Contexto político

Em geral, políticos e instituições públicas respeitam a liberdade de imprensa, embora isso tenha sido abalado por um grande caso no final de 2021: as agências de inteligência da polícia e da defesa intimidaram jornalistas e ameaçaram o sigilo de suas fontes apoiando-se em cláusulas relativas à alta traição, que no entanto nunca são aplicadas em tempos de paz. Sem fornecer informações específicas ou razões para sua decisão, as agências alertaram a mídia contra a publicação de informações classificadas relacionadas à segurança nacional, sob pena de prisão.

Quadro jurídico

O arcabouço legislativo relativo à proteção da liberdade de imprensa e dos jornalistas mudou pouco e continua a constituir uma base sólida. A lei de liberdade de informação, adotada em 2014, é, no entanto, alvo de críticas por parte dos próprios meios de comunicação, que a consideram um obstáculo ao direito de informar, pois permite que as instituições sejam mais restritivas na retenção de informações de interesse público. 

Contexto económico

O sistema de subsídios destina a maior parte do financiamento às emissoras públicas, o restante sendo alocado à mídia privada. Os montantes são distribuídos por instituições públicas de acordo com um princípio de independência.  As emissoras de rádio e TV estão sujeitas ao regulador da mídia que, embora nomeado pelo governo, representa as diferentes visões de um painel de especialistas. Como em outras partes do mundo, gigantes da tecnologia como Google e Facebook estão capturando uma grande fatia do mercado de publicidade, o que está minando o modelo de negócios da mídia privada dinamarquesa.

Contexto sociocultural

De forma geral, os jornalistas desfrutam de um alto nível de aceitação na sociedade dinamarquesa. No entanto, o debate público às vezes acalorado sobre a imigração gerou certo ceticismo em relação à imprensa, que pode ocasionalmente se transformar em hostilidade em certos bairros das grandes cidades.

Segurança

Revelações sobre o sexismo na mídia dinamarquesa provocaram uma acalorada controvérsia e chocaram tanto os diretores dos meios de comunicação quanto o público. Um documentário sobre as práticas atuais dentro do canal TV2 incentivou a mídia a tomar medidas para proteger melhor as mulheres jornalistas. Em geral, os jornalistas dinamarqueses trabalham livremente e não enfrentam ameaças significativas.