Américas
Chile
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Ranking 2022
82/ 180
Nota: 60,61
Indicador político
59
65.03
Indicador econômico
86
42.86
Indicador legislativo
82
67.63
Indicador social
77
72.40
Indicador de segurança
115
55.15
Ranking 2021
54/ 180
Nota: 72,11
N/A
Estes indicadores não estão disponíveis antes de 2022 em função de uma mudança metodológica

​​Embora a liberdade de imprensa seja garantida pela Constituição chilena e pelo arsenal jurídico, nem sempre é respeitada na prática. O jornalismo investigativo está perdendo terreno e as agressões a repórteres estão aumentando.

Cenário midiático

Ainda que os meios de comunicação de massa pareçam oferecer alguma diversidade, eles pertencem em grande parte aos mesmos grupos econômicos. Os principais jornais são El Mercurio e La Tercera, e os principais canais de televisão são TVN, Mega, ChileVisión e T13. Quanto às rádios, vale citar Bío Bío, Cooperativa e ADN. Além disso, a demanda pública por pluralismo de informações continua crescendo, abrindo espaço para o desenvolvimento de veículos de comunicação alternativos – que ainda sofrem com a falta de profissionalismo e fontes estáveis de financiamento.

Contexto político

Desde outubro de 2019, uma onda de protestos populares exigindo mudanças sem precedentes na história do país no nível político abalou o cenário da liderança chilena. Uma emenda à Constituição validou a eleição do presidente mais jovem do mundo, Gabriel Boric, que está fora da aliança entre os dois partidos que governam o país desde o fim da ditadura, impulsionando uma mudança significativa no Chile, que afeta a mídia e o jornalismo.

Quadro jurídico

A atual Constituição do Chile, imposta pela ditadura civil-militar em 1980, sofreu algumas modificações durante o terceiro governo da Concertación (2000-2006). Embora a lei de imprensa sobre a liberdade de opinião e de informação e o exercício do jornalismo tenha sido adotada em maio de 2001, foi proposta a sua revisão no âmbito da elaboração da nova Constituição, prevista para 2022, de forma a abandonar os princípios jurídicos da ditadura e garantir o direito à informação.

Contexto económico

No Chile, os grandes meios de comunicação estão associados a grupos econômicos, e os possíveis conflitos de interesse suscitados pelo tratamento de determinados temas abalaram a confiança da população. As mudanças iniciadas pela sociedade civil revelaram a urgência da necessidade de um órgão regulador que apoie a profissionalização e maior independência da mídia alternativa. 

Contexto sociocultural

Cidadãos e movimentos sociais demonstram uma verdadeira desconfiança em relação às informações veiculadas pelos meios de comunicação de massa.  Mesmo que ainda haja uma imprensa e jornalistas confiáveis, sente-se a necessidade de pluralidade e diversidade midiática.

Segurança

O ressurgimento das manifestações populares e o questionamento do modelo político vigente têm incentivado a denúncia da violência perpetrada contra jornalistas pela polícia e pelos serviços de inteligência militar. As leis existentes são fracas na proteção dos profissionais da informação e, apesar de algumas mudanças, os ataques a jornalistas e à mídia permanecem em grande parte impunes.