Ranking 2022
66/ 180
Nota: 65,64
Indicador político
110
50.95
Indicador econômico
40
57.41
Indicador legislativo
72
68.95
Indicador social
36
82.53
Indicador de segurança
86
68.33
Ranking 2021
64/ 180
Nota: 71,16
N/A
Estes indicadores não estão disponíveis antes de 2022 em função de uma mudança metodológica

Embora a Polônia ofereça um cenário de mídia variado, a conscientização pública sobre a liberdade de imprensa ainda é baixa. Depois de ter feito da mídia pública instrumento de propaganda, o governo multiplicou suas tentativas de influenciar a linha editorial da mídia privada e controlar informações sobre assuntos sensíveis.

Cenário midiático

Em conjunto com um mercado privado relativamente pluralista, com meios de comunicação independentes como o canal TVN, o diário Gazeta Wyborcza, ou o site Onet.pl, a mídia pública e, em particular, o grupo de TV TVP, tornaram-se instrumentos de propaganda do governo. Uma empresa estatal adquiriu 20 dos 24 jornais regionais e, na esfera local, a mídia privada enfrenta forte concorrência de publicações governamentais.

Contexto político

Após assumir o controle da mídia pública, o governo ameaçou a independência da mídia privada com sua estratégia de “repolonização”, cujo objetivo assumido é influenciar sua linha editorial.  Uma empresa estatal comprou a rede regional de jornais PolskaPress, enquanto o maior grupo independente, a TVN, enfrentou pressões por meio de uma regulamentação politizada e uma legislação sob medida. Membros do governo atacam regularmente jornalistas excessivamente críticos.

Quadro jurídico

Embora a Constituição garanta a liberdade de imprensa e o direito à informação, o governo tem tentado restringi-los por meio de uma legislação específica.  Resultado: os jornalistas que cobrem a área de fronteira com Belarus enfrentam proibições arbitrárias e desproporcionais desde setembro de 2021. Da mesma forma, embora o sigilo das fontes esteja consagrado na lei, as autoridades tentaram, em alguns casos, quebrá-lo. "Insultar" certas instituições continua a ser passível de prisão.

Contexto económico

Enquanto a radiodifusão pública é financiada pelo Estado, a mídia privada conta com modelos de assinatura graças ao tamanho relativamente grande do mercado polonês. Esta última enfrentou uma tentativa fracassada de enfraquecimento por meio de um imposto especial sobre sua receita publicitária. A publicidade estatal é atribuída principalmente à mídia pró-governo, em total opacidade.

Contexto sociocultural

A crescente polarização da sociedade levou a um aumento de ataques verbais a jornalistas.  Cidadãos conservadores tentam desencorajá-los a cobrir assuntos LGBT+ ou relacionados a gênero, e a blasfêmia continua passível de prisão. A mídia independente, no entanto, conta com forte apoio de grande parte da população, que protestou, por exemplo, contra a lei que visava a TVN.

Segurança

Após um pico em 2020 durante a “greve das mulheres”, o nível de violência – da polícia, mas também de grupos extremistas contrários a este movimento – diminuiu. Os ataques a jornalistas, no entanto, mostraram que as autoridades policiais não podem protegê-los efetivamente ou garantir seus direitos durante os protestos. Em 2021, chegaram a impedir deliberadamente jornalistas de cobrir a crise dos refugiados perto da fronteira com Belarus, por meio de prisões arbitrárias e violentas.