Embora seja concedida liberdade real à mídia israelense, os jornalistas palestinos enfrentam grandes dificuldades no exercício de sua profissão.
Cenário midiático
O principal canal de televisão do país é o Channel 12, e a emissora pública ocupa um lugar importante no cenário midiático. Ynet é o site de notícias mais lido do país e o jornal diário Haaretz tem uma influência considerável, apesar do número limitado de leitores. Os jornais diários Yedioth Ahronoth, Israel Today (Israel Hayom) competem no campo da mídia impressa. Ao mesmo tempo, existem meios de comunicação em árabe e russo, bem como uma imprensa abertamente partidária dirigida a judeus ultraortodoxos.
Contexto político
Os políticos têm influência significativa sobre as nomeações para os órgãos reguladores de radiodifusão. O ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu é proprietário do jornal Israel Today há mais de uma década. Ele está envolvido em casos de corrupção por querer influenciar a linha editorial de vários meios de comunicação em troca de presentes políticos.
Quadro jurídico
Por diversos motivos relacionados à segurança, uma censura militar é praticada em Israel. Ela exige uma aprovação prévia antes da publicação. Além da difamação na esfera civil, a difamação na esfera criminal torna possível ser acusado do delito de "insulto a um agente público". Existe também uma lei sobre a liberdade de informação, mas é às vezes difícil de colocá-la em prática. Quanto ao sigilo das fontes, ele não está previsto em lei mas existe na jurisprudência.
Contexto económico
A mídia em Israel é centralizada e pouco rentável. Os meios de comunicação são frequentemente propriedade de grandes corporações ou empresários que são difíceis de investigar e que os usam para pressionar reguladores e políticos.
Contexto sociocultural
Em Israel, os jornalistas árabes enfrentam mais dificuldades em seu trabalho do que os jornalistas judeus, especialmente por causa das tensões inerentes ao conflito israelo-palestino. Na imprensa árabe, quadrilhas restringem a cobertura de atividades criminosas e, na imprensa ultraortodoxa, as mulheres são quase completamente excluídas.
Segurança
Várias campanhas de difamação contra a mídia foram realizadas por políticos, bem como por seus partidos e apoiadores. Os jornalistas em questão foram perseguidos ou receberam ameaças, sendo necessário que fossem colocados sob proteção. A cobertura de eventos na Cisjordânia resulta sistematicamente em violência contra os jornalistas palestinos, e jornalistas israelenses não têm autorização para entrar na Faixa de Gaza.