Ranking 2023
97/ 180
Nota: 57,57
Indicador político
59
62.71
Indicador econômico
45
57.52
Indicador legislativo
132
47.17
Indicador social
58
76.14
Indicador de segurança
134
44.30
Ranking 2022
86/ 180
Nota: 59,62
Indicador político
58
65.15
Indicador econômico
44
55.10
Indicador legislativo
130
53.51
Indicador social
56
77.75
Indicador de segurança
126
46.61

O cenário midiático israelense foi desestabilizado após a ascensão ao poder de um governo que ameaça a liberdade de imprensa.

Cenário midiático

O principal canal de televisão do país é o Channel 12, e a emissora pública ocupa um lugar importante no cenário midiático. Ynet é o site de notícias mais lido do país e o jornal diário Haaretz tem uma influência considerável, apesar do número limitado de leitores. Os jornais diários Yedioth Ahronoth, Israel Today (Israel Hayom) competem no campo da mídia impressa. Ao mesmo tempo, existem meios de comunicação em árabe e russo, bem como uma imprensa abertamente partidária dirigida a judeus ultraortodoxos.

Contexto político

Os políticos têm influência significativa sobre as nomeações para os órgãos reguladores do setor de radiodifusão. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que é proprietário do jornal Israel Today há mais de uma década, é acusado, em casos de corrupção, de tentar influenciar a linha editorial de vários veículos de comunicação em troca de favores políticos.

Quadro jurídico

Por diversos motivos relacionados à segurança, uma censura militar é praticada em Israel. Ela exige uma aprovação prévia antes da publicação. Além da difamação na esfera civil, a difamação na esfera criminal torna possível ser acusado do delito de "insulto a um agente público". Existe também uma lei sobre a liberdade de informação, mas é às vezes difícil de colocá-la em prática. Quanto ao sigilo das fontes, ele não está previsto em lei mas existe na jurisprudência. 

Contexto económico

A mídia em Israel é centralizada e pouco rentável. Os meios de comunicação são frequentemente propriedade de grandes corporações ou empresários que são difíceis de investigar e que os usam para pressionar reguladores e políticos.

Contexto sociocultural

Os jornalistas árabes enfrentam cada vez mais dificuldades para realizar seu trabalho, em comparação com os não árabes, sobretudo devido às tensões inerentes ao conflito israelo-palestino. Na imprensa árabe, quadrilhas restringem a cobertura de atividades criminosas, enquanto na imprensa judaica ultraortodoxa as mulheres são quase completamente excluídas.

Segurança

A cobertura de acontecimentos na Cisjordânia resulta em violência sistemática contra jornalistas palestinos, ao passo que jornalistas israelenses não têm autorização para entrar na Faixa de Gaza. O assassinato, em 2022, da jornalista palestino-americana Shireen Abu Akleh pela polícia israelense permanece impune, apesar de uma forte pressão da comunidade internacional e da admissão de responsabilidade por parte das autoridades israelenses. Esse clima de impunidade levou a um aumento da violência contra jornalistas palestinos não somente em Israel, mas também na Cisjordânia e em Gaza.