Ranking 2023
53/ 180
Nota: 69,04
Indicador político
68
59.65
Indicador econômico
73
49.24
Indicador legislativo
53
71.86
Indicador social
36
81.44
Indicador de segurança
51
83.03
Ranking 2022
56/ 180
Nota: 68,46
Indicador político
53
66.77
Indicador econômico
72
46.77
Indicador legislativo
49
76.46
Indicador social
40
81.67
Indicador de segurança
79
70.63

A Romênia pode se orgulhar de ter um cenário de mídia diversificado e relativamente pluralista, o que fornece um terreno fértil para reportagens de interesse público impactantes. Contudo, a falta de transparência em relação ao financiamento da mídia, especialmente no que diz respeito às verbas públicas, assim como as dificuldades do mercado, prejudicam a credibilidade da informação e a confiança nos veículos de comunicação.

Cenário midiático

Grandes grupos europeus (Ringier, PPT Group e Dogan Media International) estão presentes no mercado ao lado de grandes e pequenos atores locais (Intact Media Group, RCS&RDS, Hotnews, G4Media, Recorder, Rise Project e PressOne). O cenário midiático romeno reflete as tendências globais: o número de veículos impressos está diminuindo, enquanto a mídia online e os canais de rádio e televisão estão crescendo. As escolhas editoriais são muitas vezes subordinadas aos interesses dos proprietários, o que transforma a imprensa em instrumento de propaganda.

Contexto político

Na Romênia, os veículos de comunicação carecem de independência e sofrem tentativas de interferência, sobretudo na nomeação dos diretores das emissoras de rádio e televisão públicas e do Conselho Nacional do Audiovisual. A retórica política agressiva contra os jornalistas foi retomada pelo partido populista-nacionalista AUR.

Quadro jurídico

A legislação que protege a liberdade de expressão e de imprensa é insuficientemente aplicada, embora esteja alinhada com as normas europeias, inclusive na esfera constitucional. A interferência dos promotores no trabalho jornalístico equivale a assédio e levanta sérias preocupações, enquanto a justiça tenta cada vez mais pressionar a mídia a revelar suas fontes. Os processos abusivos (SLAPPs) proliferaram, e as decisões judiciais nem sempre atendem aos padrões de liberdade de imprensa.

Contexto económico

Os mecanismos de financiamento da mídia são muitas vezes pouco transparentes ou até desonestos. Embora as grandes empresas de mídia consigam ser autossuficientes, a maioria delas depende de fontes externas de financiamento, incluindo subsídios. A alocação de verbas para veículos de comunicação de maneira não transparente é uma prática política amplamente difundida que deturpa tanto o mercado quanto a função de vigilância da imprensa.

Contexto sociocultural

O jornalismo de interesse público enfrenta a concorrência de narrativas enganosas e de “fake news” divulgadas por alguns veículos de comunicação e políticos, em especial no contexto da pandemia de Covid-19 e, mais recentemente, da guerra na Ucrânia. Alguns grupos da população tendem a confiar nessas informações falsas, que às vezes convergem com a propaganda russa e alimentam a desconfiança em relação à mídia.

Segurança

A segurança dos jornalistas ainda é fonte de preocupação, já que eles são com frequência alvo de ataques, ameaças e intimidação. Amplas campanhas de difamação, das quais participam figuras políticas, têm por objetivo desacreditar os jornalistas independentes. A vigilância também continua sendo um problema, com os serviços de inteligência tentando obter mais poder e mais influência no contexto da guerra na Ucrânia