Ranking 2023
90/ 180
Nota: 59,25
Indicador político
61
62.08
Indicador econômico
66
50.49
Indicador legislativo
134
46.54
Indicador social
136
49.51
Indicador de segurança
31
87.62
Ranking 2022
33/ 180
Nota: 76,46
Indicador político
25
78.79
Indicador econômico
34
62.24
Indicador legislativo
67
70.39
Indicador social
60
77.00
Indicador de segurança
4
93.88

Embora o Butão tenha sido um dos últimos países do mundo a permitir a televisão e a Internet, há um quarto de século, o reino himalaio está hoje em plena mutação, assim como seu cenário midiático. 

Cenário midiático

O principal jornal diário do país, Kuensel, publicado em dzonga e em inglês, é de propriedade do governo. A abertura do país e sua transição democrática, iniciadas em meados dos anos 2000, foram acompanhadas pelo surgimento de uma imprensa privada, composta por jornais como The Bhutan Times e Bhutan Observer. A emissora de rádio e TV estatal, a Bhutan Broadcasting Service, não possui um estatuto próprio que garanta sua independência editorial. A esfera digital, por sua vez, está em plena expansão, e a informação circula cada vez mais por meio de blogues e redes sociais.  

Contexto político

A monarquia constitucional do Butão foi estabelecida pela Constituição de 2008, na qual está prevista a liberdade de imprensa. As pressões que o poder Executivo pode exercer sobre a mídia são limitadas pela alternância política nas eleições, o que permite a afirmação de um certo pluralismo.

Quadro jurídico

A Lei de Comunicação e Mídia de 2018 reafirmou os poderes de uma comissão, a Infocomm and Media Authority, cujos cinco membros são nomeados diretamente pelo governo, o que prejudica seriamente a independência da imprensa. Os jornalistas butaneses também se queixam das dificuldades de acesso a informações públicas ou governamentais: a burocracia real perpetua uma espécie de cultura de sigilo e desconfiança da imprensa que acaba privando a população de informações de interesse público. Tem havido vários casos de processos por difamação que, juntamente com a Lei de Segurança Nacional – que pune qualquer informação suscetível de gerar “mal-entendidos ou hostilidade entre o governo e o povo” –, atuam como um freio ao livre exercício do jornalismo. 

Contexto económico

As publicações privadas sobrevivem em um contexto econômico difícil, com um público leitor relativamente limitado e publicidade insuficiente. A maioria dos anúncios provém de agências governamentais, que respondem por 80% da receita publicitária da mídia impressa. Essa situação pode ter consequências diretas sobre o conteúdo editorial: o governo foi acusado, em 2012, de ter reduzido as verbas publicitárias concedidas ao semanário The Bhutanese como represália por um artigo denunciando casos de corrupção, o que serviu de alerta a todos os meios de comunicação. 

Contexto sociocultural

No país da “felicidade nacional bruta”, a autocensura é um dos principais problemas: muitos jornalistas não ousam cobrir assuntos que possam ser considerados sensíveis por medo de serem vistos como elementos contestatórios da ordem social. A situação das populações lhotshampa, minoria nepalesa do sul do país, quase nunca é mencionada na mídia.

Segurança

Os jornalistas raramente são alvo de ameaças físicas. No entanto, com o desenvolvimento das redes sociais, quem publica reportagens investigativas ou artigos de opinião que causam incômodo pode ser alvo de campanhas de assédio online promovidas por ativistas políticos que combinam desinformação, difamação e ataques pessoais e/ou racistas. 

Ataques em tempo real no Butão

Assassinados a partir de 1o de janeiro 2024
0 jornalistas
0 colaboradores de meios
0
Detidos atualmente
0 jornalistas
0 colaboradores de meios
0