Ranking 2023
119/ 180
Nota: 50,46
Indicador político
108
51.63
Indicador econômico
147
35.69
Indicador legislativo
130
48.11
Indicador social
106
58.86
Indicador de segurança
108
58.00
Ranking 2022
130/ 180
Nota: 46,58
Indicador político
111
50.91
Indicador econômico
111
38.27
Indicador legislativo
137
50.22
Indicador social
117
60.50
Indicador de segurança
148
33.02

Embora os meios de comunicação tenham acreditado que a Revolução de Outubro de 2019 tinha posto fim às figuras intocáveis pela mídia, a pressão política segue mais forte do que nunca. Ainda mais em um contexto de agravamento da crise econômica e de contínuas tentativas de paralisar as investigações sobre a explosão do porto de Beirute em 2020.

Cenário midiático

Há uma verdadeira liberdade de tom na mídia libanesa, mas o mercado é, na realidade, controlado por alguns indivíduos diretamente afiliados a partidos ou pertencentes a dinastias locais. Os canais mais influentes são LBCI, Al Jadeed e MTV, respectivamente de propriedade das famílias Daher-Saad, Khayat e Murr. Al Manar é o canal oficial do Hezbollah.

Contexto político

O cenário midiático é caracterizado pela ingerência dos partidos políticos na mídia, que depende de investidores e reflete a estrutura política libanesa. Encontram-se na imprensa as diferenças políticas e comunitárias do país, como a vigilância confessional que pesa sobre a mídia. O jornalismo tornou-se assim uma arma de pleno direito no conflito político.

Quadro jurídico

A lei exige que a mídia seja transparente sobre sua propriedade e financiamento.  No entanto, alguns meios de comunicação desenvolvem estruturas particularmente opacas neste nível. Além disso, o código penal libanês considera a difamação, a calúnia e a difusão de informações falsas como infrações, com base em uma definição muito vaga. Há uma preocupante instrumentalização da justiça, que condena regularmente os meios de comunicação e os jornalistas ao pagamento de multas ou prisão à revelia.

Contexto económico

A mídia sofre com a crise financeira histórica pela qual o país está passando. A explosão do porto de Beirute, em agosto de 2020, obrigou os meios de comunicação a fazer grandes cortes orçamentários, tanto em suas atividades quanto em sua força de trabalho. Muitos jornalistas e redações sediados na capital e afetados pela explosão dependem da ajuda internacional para se recuperar e lidar com a crise. Hoje, a escassez de combustível e eletricidade os impede de ir ao campo.

Contexto sociocultural

A opinião pública é predominantemente conservadora e certos assuntos permanecem tabus ou mesmo proibidos, como a crítica ao patrimônio cultural e religioso. Misoginia e racismo não são incomuns no setor, e jornalistas mulheres são frequentemente alvo de campanhas de difamação. Ativistas políticos se envolvem em campanhas de intimidação, especialmente partidários do Hezbollah, que usam o Twitter para ameaçar jornalistas.

Segurança

Desde o início da crise econômica e depois da explosão do porto de Beirute, em 2020, os ataques e as ações judiciais contra a mídia se intensificaram ainda mais. A polícia recorre com frequência ao uso desproporcional da força.