Europa - Ásia Central
República Tcheca
-
Ranking 2023
14/ 180
Nota: 83,58
Indicador político
19
82.19
Indicador econômico
28
65.52
Indicador legislativo
6
86.64
Indicador social
6
91.29
Indicador de segurança
11
92.27
Ranking 2022
20/ 180
Nota: 80,54
Indicador político
22
79.66
Indicador econômico
36
61.56
Indicador legislativo
18
84.21
Indicador social
20
88.44
Indicador de segurança
17
88.81

Na Chéquia, a liberdade de imprensa está ameaçada pela elevada concentração dos meios de comunicação privados e pela pressão exercida sobre a radiodifusão pública. 

Cenário midiático

O cenário da mídia é caracterizado por três grandes tendências: a concentração significativa de grandes grupos de mídia (PPF, MAFRA, etc.) nas mãos de grandes atores econômicos nacionais, incluindo o ex-primeiro-ministro Andrej Babš, desde o início de 2010; o surgimento de novos meios de comunicação independentes (HlidacíPes, Deník N, etc.) em resposta a este desenvolvimento recente; e a forte presença de respeitados meios de comunicação públicos (Česká televize, Český rozhlas), mas sob crescente pressão política.

Contexto político

A pressão exercida sobre os jornalistas nos últimos anos tem sido essencialmente verbal, com alguns atores políticos não hesitando em aproveitar a atual onda de desconfiança em relação aos meios de comunicação.

Quadro jurídico

O livre acesso à informação é garantido por lei. Antes do fim (em 2023) do mandato do ex-presidente da república Miloš Zeman, conhecido por sua desconfiança em relação aos jornalistas, seu gabinete se recusava a responder ou tendia a fornecer o mínimo possível de informação a certos veículos de imprensa considerados demasiado críticos. Um projeto de lei que visa a alterar o funcionamento dos conselhos de supervisão da mídia pública e fortalecer sua independência e sua pluralidade de opinião está sendo preparado pelo novo governo.

Contexto económico

Na ausência de um sistema de subsídios públicos e com a queda das receitas publicitárias, os meios de comunicação privados financiam-se cada vez mais através da monetização de conteúdos, com os pequenos meios independentes recorrendo ao financiamento por associações e fundações sem fins lucrativos. Embora os meios de comunicação públicos sejam financiados pela taxa de licença pública, esta não aumenta há mais de 15 anos e é objeto de tentativas políticas para reduzi-la ou aboli-la. 

Contexto sociocultural

O fato de dois dos maiores diários nacionais serem de propriedade do bilionário Andrej Babiš, que foi ministro das Finanças e depois primeiro-ministro (2014-2017), obriga esses veículos a buscar um delicado equilíbrio no tratamento das notícias políticas. O discurso implacável das mais altas esferas do governo – sobretudo do ex-presidente Miloš Zeman – contra os jornalistas abriu caminho para a crescente desconfiança da população em relação aos profissionais de mídia.

Segurança

Os ataques a jornalistas são essencialmente verbais: insultos ou ameaças online, na maioria anônimos, que aumentaram com a crise de Covid-19, que acentuou a polarização de opiniões. Algumas jornalistas mulheres têm sido alvo de comentários específicos de ódio.