Maldivas

Sob o governo absolutamente hostil à imprensa de Abdulla Yameen, eleito presidente em 2013, as Maldivas caíram constantemente no Ranking da RSF, passando da 103a para 120a posição. Por isso, a vitória de seu concorrente à presidência, Ibrahim Mohamed Solih, em setembro de 2018, despertou ainda mais a esperança de que este assumisse compromissos concretos a favor da liberdade de imprensa. Uma primeira promessa foi cumprida: dois meses depois da eleição, o parlamento revogou a lei antidifamação de 2016. Esse texto draconiano foi amplamente utilizado pelo governo anterior para pressionar os órgãos de imprensa independentes, sobretudo a rede Raajje TV, que teve que pagar um total de 215 mil euros em multas por difundir conteúdos considerados difamatórios contra o ex-presidente. A violência física cometida por policiais contra jornalistas que cobrem protestos, no entanto, permanece uma realidade. As autoridades maldivas também fizeram progressos encorajadores na luta contra a impunidade. Embora ainda não sejam satisfatórias, as investigações sobre o desaparecimento do jornalista Ahmed Rilwan Abdulla, em agosto de 2014, e sobre o assassinato a facadas do blogueiro Yameen Rasheed, em abril de 2017, avançaram significativamente.