Um fotojornalista assassinado em Minas Gerais: a série negra continua
Repórteres sem Fronteiras espera que a investigação atualmente em curso permita esclarecer as circunstâncias do assassinato a tiros do fotógrafo Walgney Assis Carvalho, a 14 de abril de 2013, no bairro de São Vicente da cidade de Coronel Fabriciano, no Vale do Aço (Minas Gerais).
Walgney Assis Carvalho se torna assim o quarto profissional da mídia morto no Brasil desde o início de 2013, apenas um mês depois da execução de Rodrigo Neto de Faria, com quem ele por vezes trabalhava. Segundo determinadas fontes, Walgney Assis Carvalho possuía informações acerca do assassinato de seu colega.
De acordo com a Polícia Militar, Walgney Assis Carvalho se encontrava num pesque-pague quando um desconhecido se aproximou dele de moto e lhe disparou pelas costas, antes de se pôr em fuga. O fotojornalista, de 43 anos, teve morte imediata.
Tal como Rodrigo Neto de Faria, Carvalho trabalhava para o jornal Vale do Aço. A Polícia Civil também utilizava seus serviços ocasionalmente.
O Brasil permanece à frente da lista dos países mais mortíferos para os jornalistas do continente americano, onde o número de mortos atinge agora treze pessoas. Repórteres sem Fronteiras contabilizou até ao momento quatro casos diretamente vinculados com a atividade profissional das vítimas, dos quais dois no Brasil.
Se recomenda igualmente a leitura do último relatório de Repórteres sem Fronteiras dedicado a esse país.