China

Desde o início da pandemia de Covid-19, as autoridades chinesas acirraram ainda mais o controle das informações. Sete jornalistas ainda estão presos por terem coberto a pandemia e mais de 450 internautas foram interpelados por compartilharem informações qualificadas como “boatos falsos” sobre o novo coronavírus. Em 2021, a China continua sendo a maior prisão do mundo para defensores da liberdade de imprensa, com mais de 120 atrás das grades, muitas vezes em condições que representam ameaça a suas vidas. Em fevereiro, Kunchok Jinpa, um importante informante dos meios de comunicação sobre o Tibete, morreu em decorrência dos maus tratos sofridos na prisão, assim como morreram, em 2017, o vencedor do Nobel da Paz e do prêmio RSF, Liu Xiaobo, e o blogueiro dissidente Yang Tongyan. Contando com o uso massivo de novas tecnologias, o governo de Xi Jinping conseguiu impor um modelo social baseado no controle da informação e no monitoramento dos cidadãos. Os meios de comunicação chineses públicos e privados estão sob controle cada vez mais estrito do Partido Comunista, enquanto o governo multiplica os obstáculos ao trabalho dos correspondentes estrangeiros. Para além de suas fronteiras, Pequim procura promover seu modelo repressivo e estabelecer uma "nova ordem midiática mundial" sob sua influência.