Libéria

Desde que chegou ao poder, em 2018, George Weah promulgou uma nova lei de liberdade de imprensa que suprime os crimes de difamação contra o presidente, bem como os de sedição e malícia. Embora esse novo arcabouço legislativo seja um passo importante para a proteção dos jornalistas liberianos, muitos ataques verbais e físicos contra profissionais da informação foram observados desde essa data. O sindicato da imprensa foi, assim, levado a denunciar, em uma carta aberta ao Secretário-Geral das Nações Unidas, a rápida e preocupante escalada de intolerância por parte dos líderes políticos em relação aos meios de comunicação independentes, entre os quais o jornal investigativo Front Page Africa, que pagou um alto preço pela sua linha editorial. Toda a redação foi brevemente presa em abril de 2018 e seu fundador foi ameaçado de prisão por um ministro após uma investigação revelando gastos duvidosos do governo. Esses ataques continuaram em 2020, com cerca de dez atos de intimidação e ameaças registrados entre outubro e dezembro. Somam-se a isso as muitas restrições relacionadas à cobertura da crise sanitária.