Guiné

Na Guiné, o governo do presidente Alpha Condé não é suave com imprensa. Desde o início do seu terceiro mandato, em 2016, os profissionais dos meios de comunicação têm sofrido tentativas de intimidação por parte de altos funcionários do Estado e os jornalistas têm sido alvo de ameaças recorrentes. Com frequência, o presidente faz declarações graves contra veículos nacionais e internacionais e contra as organizações de defesa da liberdade de imprensa. As autoridades tentam, regularmente, censurar meios críticos ao poder sob pretextos administrativos ou jurídicos. Nos últimos anos, o credenciamento do correspondente da RSF e da RFI foi suspenso após sua investigação sobre a suposta responsabilidade de militares pela morte de dois homens. Vários jornalistas estrangeiros foram forçados a deixar o país depois de acusações, principalmente de espionagem, totalmente forjadas. Apesar da descriminalização dos delitos de imprensa, um avanço significativo para a liberdade de imprensa no país, jornalistas ainda são presos e detidos, às vezes, por vários dias. A revisão da lei de imprensa anunciada pelo Ministro da Comunicação preocupa os profissionais do setor, enquanto a lei de acesso à informação adotada em 2010 ainda não foi promulgada. Finalmente, durante as eleições de outubro de 2020, os sites Le Lynx, Guinée Matin e aminata.com foram suspensos ou ameaçados de suspensão.