Europa - Ásia Central
Bielorrússia
-
Ranking 2023
157/ 180
Nota: 37,17
Indicador político
174
32.34
Indicador econômico
82
47.67
Indicador legislativo
167
28.07
Indicador social
139
48.30
Indicador de segurança
168
29.45
Ranking 2022
153/ 180
Nota: 39,62
Indicador político
169
32.93
Indicador econômico
59
48.75
Indicador legislativo
158
37.23
Indicador social
118
60.33
Indicador de segurança
164
18.85

​​País mais perigoso da Europa para jornalistas até a invasão da Ucrânia pela Rússia, Belarus continua sua repressão maciça à mídia independente.

Cenário midiático

A mídia nunca foi tão reprimida pelas autoridades de Belarus como depois da controversa reeleição de Alexander Lukashenko como chefe de Estado, em agosto de 2020. O site de notícias mais popular, Tut.by, teve seu status de veículo de comunicação revogado, sofreu censura e foi alvo de operações de busca e apreensão e processos criminais, antes de ser rotulado de “extremista” e banido de fato, como a maioria dos meios de comunicação independentes. Alguns continuam a publicar no exílio. Apenas a emissora estatal BTRC segue funcionando normalmente, divulgando a propaganda do regime.

Contexto político

Censura, violência, prisões em massa, buscas coordenadas em residências e redações, dissolução da Associação de Jornalistas de Belarus (BAJ). As autoridades praticam terrorismo de Estado para silenciar vozes independentes, chegando até mesmo a desviar um voo comercial, em maio de 2021, a fim de prender o jornalista de oposição Raman Pratasevich e forçá-lo a fazer uma “confissão” na televisão estatal.

Quadro jurídico

As autoridades belarussas alteraram as leis com o objetivo de dar um verniz de legalidade aos ataques contra a liberdade de imprensa. A Justiça, nas mãos do governo, equipara o trabalho de jornalistas independentes a “extremismo”, punível com penas de até sete anos de prisão. A maior parte dos veículos de comunicação independentes, assim como a BAJ, foram oficialmente declarados extremistas.

Contexto económico

A maioria dos meios de comunicação independentes de Belarus mantém sua atividade sediada fora do país ou foi obrigada a deixar de publicar. Atualmente, esses veículos de comunicação são financiados sobretudo por subsídios vindos do exterior. Antes de 2020, eles também se beneficiavam de receita publicitária.

Contexto sociocultural

Belarus é a quinta maior prisão para jornalistas do mundo e destaca-se por ter um elevado número de mulheres jornalistas atrás das grades – é o caso de Katsiarina Andreyeva, condenada inicialmente, em fevereiro de 2021, a dois anos de prisão por ter filmado uma manifestação não autorizada, e depois a oito anos, em 2022, por “alta traição”, e também de Maryna Zolatava, editora-chefe do principal veículo de comunicação independente, Tut.by. Esses acontecimentos marcam o fim de uma certa indulgência patriarcal tradicional nas autoridades de Belarus, que têm sido surpreendidas pelo papel de destaque das mulheres nos movimentos de protesto pós-eleitorais.

Segurança

Cerca de 400 jornalistas belarussos foram forçados ao exílio, segundo a BAJ. Aqueles que permaneceram em Belarus, trabalham, em sua maioria, na clandestinidade. São alvo da polícia, sendo presos, revistados e por vezes agredidos e submetidos a maus-tratos na prisão. As sequelas psicológicas dessa perseguição sistemática são profundas.

Ataques em tempo real em Bielorrússia

Assassinados a partir de 1o de janeiro 2024
0 jornalistas
0 colaboradores de meios
0
Detidos atualmente
38 jornalistas
3 colaboradores de meios
41