Ásia-Pacífico
Afeganistão
-
Ranking 2023
152/ 180
Nota: 39,75
Indicador político
120
48.96
Indicador econômico
103
44.93
Indicador legislativo
145
42.77
Indicador social
165
30.68
Indicador de segurança
161
31.41
Ranking 2022
156/ 180
Nota: 38,27
Indicador político
132
44.65
Indicador econômico
82
43.88
Indicador legislativo
152
42.54
Indicador social
161
43.33
Indicador de segurança
171
16.96

A chegada dos talibãs ao poder teve sérias repercussões no respeito à liberdade de imprensa e à segurança dos jornalistas, especialmente das mulheres.

Cenário midiático

Em 15 de agosto de 2021, com a ascensão dos talibãs ao poder, o cenário midiático mudou radicalmente: no espaço de três meses, 43% da mídia afegã desapareceu. Das 10.780 pessoas que trabalhavam nas redações afegãs (8.290 homens e 2.490 mulheres) no início de agosto, apenas 4.360 ainda trabalhavam em dezembro (3.950 homens e 410 mulheres), ou seja, quatro jornalistas em dez. Proporcionalmente, as mulheres foram muito mais afetadas: mais de quatro em cada cinco (84%) perderam seus empregos desde a chegada dos talibãs, comparado a apenas um em cada dois homens (52%).

Contexto político

No dia 07 de setembro de 2021, os talibãs anunciaram a formação de seu governo do Emirado Islâmico do Afeganistão. A criação deste órgão torna a situação particularmente confusa para os jornalistas, que recebem múltiplas diretrizes de muitos atores, incluindo o Ministro da Cultura e Informação, mas também o serviço de Inteligência (Istikhbarat), o Ministério para a Promoção da Virtude e Repressão ao Vício, ou ainda o Centro Governamental de Mídia e Informação (GMIC).

Quadro jurídico

Em 3 de fevereiro de 2022, o porta-voz do governo e vice-ministro interino da Informação e Cultura, Zabihullah Mujahid, confirmou que a lei de imprensa promulgada em março de 2015 continua aplicável. Também está prevista a criação de uma Comissão de Verificação de Ofensas de Mídia.

Contexto económico

A economia, que dependia em grande medida da ajuda internacional, entrou em colapso. Segundo a ONU, mais de 22,8 milhões de afegãos enfrentarão insegurança alimentar aguda em um futuro próximo. Esse contexto prejudicou ainda mais a mídia e aumentou a vulnerabilidade dos jornalistas.

Contexto sociocultural

Há muitos temas difíceis ou impossíveis de cobrir na imprensa afegã. Questões relacionadas à religião, à condição das mulheres e aos direitos humanos de maneira mais geral continuam sendo tabu no país. Apesar de tudo, nos últimos meses, a sociedade civil parece ter recuperado um certo vigor e várias organizações, incluindo as de defesa da liberdade de imprensa, foram criadas ou estão em desenvolvimento.  

Segurança

A tomada do poder pelos talibãs levou a uma fuga significativa de jornalistas para o exterior.  Além disso, muitos profissionais da mídia foram interrogados ou presos pela polícia afegã e pelo Istikhbarat. Essas detenções são acompanhadas de violência e podem durar de algumas horas a várias semanas.

Ataques em tempo real em Afeganistão

Assassinados a partir de 1o de janeiro 2024
0 jornalistas
0 colaboradores de meios
0
Detidos atualmente
2 jornalistas
0 colaboradores de meios
2