Predator
Teodoro Obiang Nguema
Teodoro Obiang Nguema tomou o poder em 1979 após um golpe. Depois de mais de quatro décadas à frente do país, ele é atualmente o presidente em exercício mais antigo do mundo.
Guiné Equatorial, 164o/180 no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa 2021
MODO DE PREDAÇÃO: ditadura totalitária
Teodoro Obiang Nguema governa a República da Guiné Equatorial com punho de ferro desde que chegou ao poder, há mais de 40 anos. Nesse pequeno país petrolífero do Golfo da Guiné, conhecido como o “Kuwait da África”, a imprensa é amordaçada por leis liberticidas e obsoletas que tornam quase impossível qualquer crítica ao presidente e à sua política. O panorama da mídia é quase exclusivamente limitado aos veículos estatais responsáveis por veicular a propaganda do governo. O país não tem nenhum correspondente estrangeiro e o governo não reconhece a existência de meios de comunicação independentes. O único canal de televisão privado do país, ASONGA TV, pertence ao filho do presidente, que também ocupa o cargo de vice-presidente do país. O canal está sujeito a uma rígida censura. Aqueles que cruzam a linha vermelha são presos ou suspensos, como foi o caso, em 2020, de sete jornalistas acusados de transmitirem a violência cometida pelos militares durante o confinamento decretado para lutar contra a epidemia do coronavírus. Três anos antes, havia sido dada ordem para retirar de venda e queimar as edições de um semanário governamental que noticiava a pressão exercida sobre os jornalistas da Guiné Equatorial. As redes sociais, única alternativa viável ao livre fluxo de informações, foram recentemente objeto de uma implacável campanha de descredibilização promovida pelo governo.
ALVOS PREFERIDOS: as vozes críticas
Jornalistas que se atrevem a criticar o presidente, seus familiares, as forças de segurança, a corrupção e a gestão autoritária do governo, apesar do pouco espaço de que dispõem para tratar as informações de forma independente, são sistematicamente presos, suspensos ou demitidos. Salvo em eventos excepcionais, como uma competição esportiva sediada pelo país, qualquer pedido de credenciamento de jornalistas estrangeiros é invariavelmente recusado.
DISCURSO OFICIAL: distorcido
“Este país não é aquele de que falam nos meios de comunicação internacionais. (...) A maior parte das críticas a mim e ao meu país não se baseia em fatos e realidades. Nossas portas estão abertas para a mídia e para todos os grupos. (...) Eles deveriam vir e ver por si próprios.” (Teodoro Obiang Nguema em entrevista, Africa Watch, setembro de 2012).
Publié le