Predator
Salva Kiir
Primeiro e único presidente do Sudão do Sul desde a independência do país em 2011
Predador desde que chegou ao poder
Sudão do Sul, 139o/180 no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa 2021
MODO DE PREDAÇÃO: censura e repressão constante
O Sudão do Sul é um dos países africanos mais hostis e perigosos do continente para jornalistas. Desde a criação do país em 2011, uma dezena de repórteres foi morta ou assassinada, e os casos seguem impunes. Além de condições de segurança muito difíceis, os jornalistas que trabalham no Sudão do Sul estão sujeitos a censura e a pressões. O aparato de segurança é amplamente utilizado para impedi-los de trabalhar e funciona como polícia editorial, não hesitando em se infiltrar em redações, confiscar edições de jornais na gráfica ou realizar prisões arbitrárias e detenções secretas. O clima de medo é tal que vários jornalistas tiveram que fugir do país. Essa política de predação é alimentada e validada diretamente pelo presidente, que não hesitou em ameaçar de morte os jornalistas que considera hostis aos seus interesses.
ALVOS PREFERIDOS: jornalistas independentes
Todos os jornalistas que cobrem os problemas do governo, os abusos cometidos pelas forças de segurança, as desastrosas consequências humanitárias e econômicas da guerra civil que estourou em 2013, a situação política e as rivalidades com o adversário de longa data do presidente, Riek Machar, reintegrado pela terceira vez como vice-presidente em 2020, arriscam sua liberdade e sua integridade física, até mesmo sua vida. Foi o caso do jornalista Peter Moi, morto a tiros perto de sua casa em 2015, e do repórter de guerra independente anglo-americano Christopher Allen, morto dois anos depois em confrontos ligados à guerra civil. Christopher foi descrito como um “rebelde branco” pelas autoridades, que não realizaram nenhuma investigação séria para identificar os responsáveis por sua morte.
DISCURSO OFICIAL: ameaças diretas
“Liberdade de expressão não significa que vocês podem trabalhar contra o seu país. E se qualquer um deles [os jornalistas] não sabe que este país matou gente, nós demonstraremos isso um dia." (Coletiva de imprensa, 16 de agosto de 2015).
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