Predator
Gurbanguly Berdymukhamedov
Presidente da República do Turcomenistão desde 2006
Predador desde que chegou ao poder
Turcomenistão, 178o/180 no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa 2021
MODO DE PREDAÇÃO: autocracia totalitária
Desde sua ascensão ao poder, Gourbangouly Berdymoukhammedov adotou um discurso reformista. A distância é gritante em relação à política realmente praticada por um dos regimes mais totalitários do mundo. Em janeiro de 2013, o país finalmente adotou uma lei de mídia, que prevê oficialmente a liberdade de expressão e a proibição da censura. Avanços de fachada: o Estado ainda reina supremo sobre todos os meios de comunicação turcomenos, os utiliza como meio de propaganda e pune severamente qualquer desvio da narrativa oficial. Em 2008, Gourbangouly Berdymoukhammedov declarou guerra às antenas parabólicas, única forma de a população ter acesso à informação não controlada, privando os cidadãos dos canais por satélite russos, turcos ou árabes que escapam à sufocante propaganda dos meios de comunicação estatais. Quanto à web, somente uma intranet totalmente censurada, a “Turkmenet”, é acessível, mediante apresentação de passaporte e cópia de documento que ateste a titularidade, aluguel ou uso livre do local onde se estabelece a conexão. O uso de VPN é proibido.
ALVOS PREFERIDOS: jornalistas clandestinos e no exílio
Nos últimos anos, vários jornalistas foram presos e detidos arbitrariamente em condições terríveis. A morte sob tortura do correspondente da Radio Azatlyk, Ogoulsapar Mouradova, em 2006, nunca será esquecida. Em 2017, Khudaïberdy Allachov, correspondente para o serviço turcomano da RFE/RL, foi torturado com choques elétricos enquanto estava na prisão. O blogueiro Nourgeldy Halykov foi, por sua vez, condenado a quatro anos de detenção após enviar uma simples foto a um site de notícias. Não sobrou quase nenhum jornalista independente no Turcomenistão: o país foi reduzido a um enorme deserto midiático. Alvos de ataque e assédio, aqueles que trabalham no exterior e suas famílias não estão imunes. O pequeno grupo de jornalistas que ainda colabora clandestinamente com veículos independentes sediados no exterior está enfrentando uma pressão sem precedentes. Muitos foram forçados a encerrar suas atividades.
DISCURSO OFICIAL: pressão autoritária
“A imprensa turcomena não cobre suficientemente o sucesso do Estado." (Mensagem à mídia, janeiro de 2014).
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