África
Eritreia
-
Ranking 2024
180/ 180
Nota: 16,64
Indicador político
180
12.75
Indicador econômico
178
18.54
Indicador legislativo
178
16.92
Indicador social
174
20.71
Indicador de segurança
178
14.26
Ranking 2023
174/ 180
Nota: 27,86
Indicador político
171
33.13
Indicador econômico
172
26.96
Indicador legislativo
171
23.43
Indicador social
173
26.16
Indicador de segurança
166
29.61

A imprensa, assim como toda a sociedade eritreia, está submetida ao arbítrio absoluto do presidente Issaias Afeworki, responsável por crimes contra a humanidade, segundo um relatório da ONU de junho de 2016. Não há mídia independente nesse país famoso pelas detenções de jornalistas mais longas do mundo.

Cenário midiático

Todos os meios de comunicação independentes foram banidos desde a ditadura instalada em setembro de 2001. Nenhuma mídia estrangeira ou nacional está autorizada a operar no país. Os únicos “meios de comunicação” existentes são aqueles controlados diretamente pelo Ministério da Informação: uma agência de notícias, algumas publicações e o canal de televisão Eri TV. Eles estão sujeitos a um controle estrito e devem retransmitir a propaganda do regime. O acesso à informação pela internet é muito limitado. O único raio de esperança para aqueles que desejam se informar sobre a situação na Eritreia é a Radio Erena, criada em 2019. Esta estação de rádio independente e apolítica é dirigida de Paris por jornalistas no exílio. Suas transmissões, contudo, são bloqueadas com frequência.

Contexto político

O domínio da informação pelo governo é total, assim como a paranoia do ditador Afeworki, que limita a informação e a faz circular o mínimo possível, inclusive entre os membros de seu governo.

Quadro jurídico

A liberdade de imprensa é garantida pela constituição, mas nunca foi aplicada. O jornalismo independente é efetivamente proibido no país. 

Contexto económico

A Eritreia é um país sem enfraquecido e um dos mais pobres do mundo. Não há mercado publicitário para a mídia, cujas criações ou estabelecimentos são proibidos.

Contexto sociocultural

A sociedade eritreia vive com medo há duas décadas. Os dissidentes são presos ou forçados ao exílio e a liberdade de expressão é inexistente. Os raros jornalistas estrangeiros que puderam visitar o país nos últimos anos foram muitas vezes acompanhados e as pessoas que entrevistaram foram monitoradas. 

Segurança

Muitos jornalistas definham nas prisões do regime, sem acesso à família ou a um advogado, alguns sem nunca terem sido julgados. Vários deles são os jornalistas presos sem julgamento há mais tempo no mundo. "Não vamos soltá-lo e ele não haverá um julgamento", declarou o presidente eritreu em uma entrevista em 2009 sobre o jornalista sueco-eritreu Dawit Isaak, mantido incomunicável em condições terríveis desde 2001. Em julho de 2023, o Grupo de Trabalho da ONU sobre Detenção Arbitrária afirmou que a prisão do jornalista é arbitrária e apelou às autoridades da Eritreia para que revelassem o local de detenção. O monitoramento do regime é permanente. Nos cybercafés, os jornalistas são obrigados a fornecer sua identidade antes de serem autorizados a se conectar à internet.