Ranking 2024
164/ 180
Nota: 27,99
Indicador político
173
17.08
Indicador econômico
179
18.01
Indicador legislativo
154
35.85
Indicador social
147
37.76
Indicador de segurança
159
31.27
Ranking 2023
151/ 180
Nota: 39,93
Indicador político
165
35.45
Indicador econômico
173
25.91
Indicador legislativo
149
38.95
Indicador social
135
50.00
Indicador de segurança
126
49.35

Embora o Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, tenha destruído qualquer tipo de pluralismo, desde 2014 ele tem travado uma guerra impiedosa contra as últimas vozes críticas.

Cenário midiático

Neste país onde quase todo o espaço midiático está sob o controle das autoridades, os canais de televisão públicos são os meios de comunicação mais populares. Nenhuma televisão ou rádio independente transmite no país e todos os jornais impressos críticos foram fechados. A maioria dos sites de notícias independentes, como Azadliq ou Meydan TV, alvos da censura estatal, estão instalados no exterior.

Contexto político

As autoridades tentam reprimir meios de comunicação e jornalistas ainda independentes que rejeitam a autocensura e restringir seu acesso à informação. Os órgãos oficiais se recusam a respondê-los. Até a ofensiva das forças do Azerbaijão e a capitulação das autoproclamadas autoridades do enclave de Nagorno-Karabakh, em setembro de 2023, as tensões com a Armênia foram um pretexto adicional para a censura. Os dirigentes dos órgãos responsáveis pela regulação do setor da comunicação social, bem como a Federação dos Jornalistas, são nomeados pelas autoridades políticas, enquanto as autoridades utilizam meios de comunicação pró-governamentais para ameaçar vozes críticas com a publicação de informações pessoais comprometedoras.

Quadro jurídico

A legislação tornou-se cada vez mais repressiva em relação aos meios de comunicação nos últimos 20 anos. A lei de “mídia” que entrou em vigor em fevereiro de 2022 legaliza a censura. Diversas leis que regem o setor vão contra os compromissos internacionais do país em matéria de liberdade de imprensa e liberdade de expressão. Além disso, qualquer crítica ao governo por parte de utilizadores de redes sociais como o Facebook ou o YouTube pode ser severamente punida.

Contexto económico

Desde 2014, a colaboração com doadores internacionais está proibida.  Uma vez que o governo controla o setor da publicidade, nenhum meio de comunicação independente pode prosperar no país. Os meios de comunicação pró-governo recebem gratificações em dinheiro e subsídios oficiais. As autoridades também não hesitam em oferecer subornos aos jornalistas que trabalham com elas, sob a forma de um apartamento ou de outros benefícios materiais.

Contexto sociocultural

Certos tabus, sobretudo religiosos, dificultam o trabalho dos jornalistas.  Fora da capital, Baku, a maioria das mulheres que trabalham para os meios de comunicação enfrentam obstáculos, enquanto os meios de comunicação são regularmente sujeitos a pressões das organizações criminosas para impedi-los de publicar informações sobre elas. Estas podem pagar determinados meios de comunicação para melhorar sua imagem. Além disso, indivíduos não relacionados ao jornalismo, e às vezes controlados pelas autoridades, usam sites apresentados como mídia para se envolver em atividades de extorsão.

Segurança

Se resistirem à pressão, às tentativas de chantagem ou à corrupção, os jornalistas são presos sob pretextos absurdos. Há mais de 20 anos, nenhum funcionário público ou policial foi punido por agredir ou insultar um jornalista. Geralmente monitorados pelas autoridades, os repórteres não podem garantir a proteção das suas fontes. Numa tentativa de controlar aqueles que abandonaram o país, o regime de Baku ataca os seus familiares e amigos que lá permaneceram, ou os ameaça diretamente no seu local de exílio.