Gana

Neste país, conhecido por ser um dos mais democráticos da África, o pluralismo dos meios de comunicação e sua independência são garantidos pelo capítulo 12 da Constituição de 1992. No entanto, um terço dos meios de comunicação de Gana pertencem ao Estado ou a acionistas ligados ao poder. Em 2018, uma equipe de jornalistas investigativos foi forçada a passar parte do ano escondida após realizar e divulgar um documentário sobre corrupção no futebol ganense. Citado no documentário, um deputado da maioria ameaçou publicamente atacar um dos jornalistas, sem jamais se preocupar com as consequências. Alguns meses depois, o repórter foi assassinado em plena rua. Desde então, a investigação anunciada pelas autoridades está parada. Jornalistas investigativos são frequentemente ameaçados, mas prisões de profissionais da mídia continuem sendo excepcionais. A imensa maioria dos casos de agressão policial contra jornalistas fica impune, porém tímidas tentativas foram feitas para combater essa impunidade. Enquanto que, em 2019, três policiais foram suspensos após agredir jornalistas, em 2020, jornalistas que cobriam a eficácia das medidas de combate à Covid-19 foram atacados pelas forças de segurança. Soma-se a isso a recorrência de ameaças de morte feitas por líderes políticos a jornalistas investigativos. Por fim, a Lei de Acesso à Informação, um projeto de vinte anos, foi aprovada pelo parlamento.