Predator

Viktor ORBÁN



Primeiro-ministro da Hungria desde 29 de maio de 2010 

 (após um primeiro mandato entre 1998 e 2002)

 

Predador desde que chegou ao poder 


Hungria, 92o/180 no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa de 2021




    MODO DE PREDAÇÃO: esquemas político-econômicos, descredibilização, autocensura



    Autoproclamado partidário da “democracia iliberal”, Viktor Orbán não cessou, desde o seu regresso ao poder em 2010, de minar o pluralismo e a independência dos meios de comunicação. Após a transformação do setor audiovisual público em órgão de propaganda, os meios de comunicação privados passaram a ser silenciados ou sofrerem pressões. Os métodos às vezes são sutis, às vezes rudes, mas sempre eficazes. Graças às manobras político-econômicas e à compra dos meios de comunicação por oligarcas próximos ao partido no poder, o Fidesz agora controla 80% do panorama midiático, liderado pela Fundação Kesma, que reúne cerca de 500 veículos de comunicação pró-governo. Os meios de comunicação independentes que ainda restam são discriminados na distribuição de publicidade estatal e no acesso à informação controlada por instituições públicas, enquanto seus jornalistas são alvos de campanhas difamatórias nos meios de comunicação pró-governo, sendo rotulados de promotores de “informações falsas”. A criminalização dessa acusação durante a crise do coronavírus teve um efeito dissuasivo sobre os jornalistas e suas fontes. Essas diferentes técnicas de predação mostraram sua eficácia, pois inspiraram os aliados poloneses e eslovenos de Viktor Orbán.


    ALVOS PREFERIDOS: os últimos meios de comunicação independentes



    Após o fechamento do diário Népszabadsag e a aquisição pelos oligarcas dos sites de notícias Origo.hu e Index.hu, o governo agora tem na mira a rede RTL, o diário Népszava, os semanários HVG, Magyar Hang, Magyar Narancs e o site 24.hu. Última façanha até o momento: a decisão política do regulador audiovisual, supostamente independente, de retirar a frequência da Klubrádio.


    DISCURSO OFICIAL: belicoso

    Devemos lutar contra (...) meios de comunicação mantidos por grupos estrangeiros e oligarcas do interior” (Discurso proferido em 2018 para comemorar o 170º aniversário da revolução de 1848).

    Agora não é a hora (...) de ir aos hospitais para produzir vídeos de camuflagem ou notícias falsas” (Resposta a uma demanda de 28 meios de comunicação independentes por acesso livre aos hospitais e para entrevistar equipes médicas durante a pandemia de Covid-19 em 2021).


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