Imran KHAN
Primeiro ministro da República Islâmica do Paquistão desde 18 de agosto de 2018
Predador desde que assumiu o cargo
Paquistão, 145o/180 no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa 2021
MODO DE PREDAÇÃO: militar, com tendência ditatorial
Imran Khan sabe como atrair os holofotes. Ex-astro da seleção nacional de críquete, celebridade em voga nas festas sofisticadas das capitais europeias, dedicou-se por um tempo a atividades filantrópicas antes de entrar na política nos anos 1990. Por muitos anos, seu partido mal sobreviveu, tendo dificuldades para se impor. Mas tudo mudou com a aproximação do ano legislativo de 2018: à sombra do candidato Khan, era orquestrado um forte retorno do “Estado profundo”, eufemismo que, no contexto paquistanês, designa o domínio constante, sobre o poder civil, do exército e da Inter-Services Intelligence (ISI), o temível serviço secreto. Com sua ideologia misturando populismo e conservadorismo religioso, Imran Khan surge como o candidato ideal para figurar na cena pública sem questionar o poder onipotente das forças armadas. Para ele, a luz, a mídia pró-governo, as redes sociais, as polêmicas sobre o direito à blasfêmia. Nas sombras, o establishment militar, que não tolera interferências em seus assuntos e se empenha em sufocar todas as formas de jornalismo independente. Desde a chegada de Imran Khan ao poder, casos de censura descarada se multiplicam: interrupção da distribuição de jornais, chantagem com anúncios publicitários, bloqueio de sinais de transmissão de canais de televisão... Jornalistas que cruzam a linha vermelha são frequentemente alvos de sequestro, tortura e ameaças. Na verdade, por trás da luz do poder civil, Imran Khan, nas sombras, reativou os piores momentos da ditadura militar da história do Paquistão.
ALVOS PREFERIDOS: perseguição aos críticos
DISCURSO OFICIAL: humor duvidoso
“O Paquistão tem uma das imprensas mais livres do mundo. (...) Dizer que há restrições à imprensa paquistanesa é uma piada” (Coletiva de imprensa em Washington em julho de 2019, horas depois da transmissão do principal canal de televisão do Paquistão, Geo TV, ser substituída por uma tela preta).