Guias práticos e conselhos

A nova edição do Guia Prático para a Segurança dos Jornalistas

Perante o agravamento dos riscos assumidos pelos jornalistas, Repórteres sem Fronteiras (RSF) publica, em parceria com a Unesco, uma nova edição de seu Guia Prático para a Segurança dos Jornalistas, disponível em francês, inglês, espanhol e árabe.




Pensado para os jornalistas que se deslocam em trabalho a zonas consideradas de alto risco, a presente edição completamente revista e corrigida do guia fornece conselhos práticos para minorar os perigos do terreno. Conflitos bélicos, epidemias, catástrofes naturais, manifestações... As situações arriscadas são numerosas e os repórteres devem se preparar ao máximo.


« Embora a ausência de riscos seja impossível para aqueles que, por vocação e profissão, são enviados a zonas perigosas, os jornalistas são os principais responsáveis por sua própria segurança, declara Christophe Deloire, secretário-geral de RSF. Devido ao agravamento e à multiplicação dos riscos que os jornalistas enfrentam no terreno, urgia reeditar o Guia de Segurança para preparar o melhor possível os repórteres que desejam ou se veem obrigados a trabalhar em regiões de alto risco. »


Este guia não esquece que, na era da internet e dos smartphones, a cibersegurança virou um dos principais desafios para a proteção dos jornalistas em zonas de conflito ou sujeitos a um regime repressivo. Neste sentido, são dados vários conselhos sobre a proteção das fontes, dos dados e das comunicações.


O guia insiste também na importância de uma boa preparação antes da viagem, tanto a nível físico como mental, e na possível necessidade de uma sessão de acompanhamento e de ajuda psicológica no caso de serem detetados eventuais sinais de estresse pós-traumático no fim da missão. Também relembra aos veículos de comunicação que enviam jornalistas a zonas de alto risco a importância da formação e do diálogo para lhes transmitir entusiasmo e confiança.


Para além das precauções sanitárias e administrativas, a versão digital desse manual de segurança inclui testemunhos de grandes repórteres que partilham suas experiências no terreno.


Publicado originalmente em 1992 e várias vezes atualizado, este guia está disponível em várias línguas (francês, inglês, espanhol e árabe) e em versão papel e online, a fim de alcançar a máxima difusão possível.


A nova edição do Guia Prático do Jornalista em Período Eleitoral (2015)

Repórteres sem Fronteiras e a Organização Internacional da Francofonia publicam um Guia Prático do Jornalista em Período Eleitoral, destinado aos jornalistas profissionais encarregados de cobrir este momento sensível e fundamental da vida democrática. Está dirigido a todos os jornalistas de todos os tipos de mídia, seja qual for sua especialidade (rádio, televisão, imprensa escrita ou eletrônica), sua dimensão (local, nacional, internacional) ou seu estatuto (público, privado, associativo ou comunitário).


Ler o Guia Prático do Jornalista em Período Eleitoral


O Guia foi oficialmente apresentado, no dia 22 de janeiro de 2011, a dezenas de jornalistas do Chade numa conferência de imprensa organizada em N'Djamena pelo Alto Conselho da Comunicação (HCC, em francês). Uma semana antes, a 16 de janeiro, já havia sido distribuído na Casa da Imprensa de Niamey aos jornalistas de dezassete organizações de profissionais da mídia do Níger, assim como a representantes da imprensa digital. Exemplares do guia também foram enviados aos jornalistas da República Centro-Africana e do Haiti. Centenas destes guias foram também distribuídos aos jornalistas que cobriram processos eleitorais em 2011, por exemplo no Benim, nos Camarões, na Guiné Conacri, em Madagáscar e na República Democrática do Congo.


O Guia Prático do Jornalista em Período Eleitoral é uma caixa de ferramentas que oferece respostas concretas a múltiplas questões levantadas por todos os aspetos da cobertura midiática de uma eleição, desde as regras aplicáveis à cobertura da campanha até às especificidades do processo de votação. Proporciona indicações deontológicas e técnicas aos profissionais da mídia, tendo em conta os diferentes contextos culturais, políticos e sociais dos países francófonos. Este guia visa favorecer uma vida política serena e uma governança democrática fortalecida, de acordo com os compromissos acordados pelos Estados e os governos membros da OIF na Declaração de Bamako (2000).


Repórteres sem Fronteiras e a Organização Internacional da Francofonia relembram que, de modo a exercer sua profissão nas melhores condições, tanto em período eleitoral com em situação normal, o jornalista deverá contar com uma formação profissional adequada, um reconhecimento jurídico e estatutário que lhe permita exercer como tal, uma remuneração apropriada e material adaptado.



Repórteres sem Fronteiras publica o primeiro Guia Prático para os Jornalistas no Exílio


Por ocasião do Dia Mundial dos Refugiados, Repórteres sem Fronteiras publica um guia prático destinado aos jornalistas no exílio, com o objetivo de informá-los acerca dos obstáculos e dos procedimentos relativos ao pedido de asilo. Este ano, à semelhança dos anteriores, um grande número de jornalistas – uma média de seis por mês –, oriundos de países como Sri Lanka, o México, o Paquistão, a Rússia e a Somália, fugiram de seus países, para alguns deles definitivamente, após terem colocado sua vida em perigo para difundir uma informação livre.


“Até hoje, não existia nenhuma informação específica para os jornalistas forçados a exilar-se. No entanto, a proteção dos refugiados também depende de uma informação adaptada. Os profissionais da mídia que fogem de perseguições estão fragilizados, muitas vezes em estado de choque, e totalmente desamparados perante as diligências a efetuar. Às vezes, ficam surpreendidos por não terem um acesso mais fácil à proteção internacional. Devido à falta de informações, alguns deles correm riscos desmesurados, são apanhados em ciladas ou vítimas de trâmites abusivos. A recente prisão de Emilio Gutiérrez, um jornalista mexicano que solicitou asilo nos Estados Unidos, não deve se repetir”, declarou Repórteres sem Fronteiras.

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O lançamento do guia, ilustrado por caricaturistas exilados, é também uma forma de relembrar que estes jornalistas prosseguem no estrangeiro seu combate por uma informação livre. Produzem blogues, voltam a desenhar, publicam artigos ou fundam uma rádio ou uma televisão no exílio.


“Estes profissionais independentes e engajados são testemunhas vitais naqueles países em que a imprensa livre não existe ou é reprimida. Os meios de comunicação no exílio, como a Democratic Voice of Burma, sediada na Noruega e primeira rádio e televisão independente da Birmânia, ou a rádio eritreia independente Radio Erena, perturbam as tentativas dos regimes opressores para silenciar a imprensa livre”, acrescentou a organização.


Desde o inicio de 2007, Repórteres sem Fronteiras ajudou mais de 200 colaboradores da mídia que foram obrigados a fugir de 39 países diferentes. São vítimas de represálias planejadas por seus governos, organizações terroristas, membros do crime organizado ou grupos religiosos. Este guia, que no futuro incorporará novas experiências, aborda as diligências necessárias junto do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e os procedimentos de asilo na União Europeia, nos Estados Unidos e no Canadá. Dá conselhos práticos e fornece os contatos de organizações especializadas.


Cerca de metade dos jornalistas exilados apoiados por Repórteres sem Fronteiras esperam vários anos em países como o Iêmen, o Sudão e a Turquia com a esperança de poderem um dia estabilizar sua situação e retomar uma vida normal. Os mais afortunados tentam refazer suas vidas num país seguro onde solicitaram asilo. Em França, contam com o apoio da Casa dos Jornalistas, que inaugurará na próxima quarta-feira uma exposição online intitulada “Perigo! Desenho (de imprensa)”.


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