Enquanto Pequim se prepara para sediar os Jogos Olímpicos de Inverno, a investigação da RSF "O gigantesco retrocesso do jornalismo na China" está agora disponível em 10 idiomas

Uma semana antes dos Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim, a investigação inédita da Repórteres Sem Fronteiras (RSF), O gigantesco retrocesso do jornalismo na China, publicada originalmente em inglês e francês, está agora disponível em alemão, árabe, chinês, coreano, japonês, mongol, português, russo e espanhol.

Por ocasião dos 24º Jogos Olímpicos de Inverno, que terão início em 4 de fevereiro de 2022 na China, a RSF torna O gigantesco retrocesso do jornalismo na China acessível a novos leitores. Publicado no mês passado em inglês e francês, o documento, que revela a campanha de repressão sem precedentes do regime chinês ao jornalismo e ao direito à informação em todo o mundo nos últimos anos, agora está disponível em alemão, árabe, chinês (simplificado e tradicional), coreano, japonês, mongol, português, russo e espanhol.


“O presidente Xi Jinping espera que os Jogos Olímpicos de Inverno ajudem a restaurar sua imagem, apesar de sua campanha de repressão maciça à liberdade de imprensa e ao direito à informação”, constatou o diretor do escritório da RSF na Ásia Oriental, Cédric Alviani, que apela às democracias para que “reforcem sua pressão para dissuadir o regime de Pequim de continuar com suas políticas liberticidas".


O documento de 82 páginas examina as ferramentas de repressão usadas pelo regime chinês contra jornalistas e correspondentes estrangeiros e a deterioração da liberdade de imprensa em Hong Kong, território que já foi considerado um modelo. Também detalha a estratégia de Pequim para controlar o acesso à informação além de suas fronteiras e apresenta apelos e recomendações às autoridades chinesas, governos estrangeiros, instituições internacionais, jornalistas e meios de comunicação.


A República Popular da China estagnou em 177º lugar entre 180 no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa da RSF publicado em 2021, ou seja, apenas duas posições acima da Coreia do Norte. A Região Administrativa Especial de Hong Kong viveu um declínio dramático desde sua retrocessão à China, caindo do 18º lugar, quando o ranking foi criado em 2002, para o 80º lugar, em 2021.

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Mise à jour le 31.01.2022