Assassinato de Shireen Abu Akleh: “As autoridades israelenses não podem mais fugir de suas responsabilidades”, diz a RSF

journaliste Al Jazeera tuée à Jénine le 11 mai 2022

De acordo com o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a bala que atingiu fatalmente a jornalista americana-palestina Shireen Abu Akleh foi disparada por forças israelenses. A Repórteres Sem Fronteiras (RSF) pede às autoridades israelenses que assumam suas responsabilidades e façam justiça à jornalista. 

As autoridades israelenses não podem mais fugir de suas responsabilidades”, declarou o secretário-geral da RSF, Christophe Deloire. “É seu dever liderar e concluir uma investigação digna desse nome para trazer justiça a Shireen Abu Akleh. Chega de má vontade!  Chega de desdém pela verdade quando jornalistas são mortos! Eles não podem mais se abrigar decentemente por trás de sua primeira investigação rápida quando sua responsabilidade está em jogo.” 

Por mais de 20 anos, Shireen Abu Akleh foi uma repórter essencial para a Al Jazeera nos territórios palestinos. Na sexta-feira, 24 de junho, o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos indicou que todas as informações coletadas “corroboram o fato de que os tiros que mataram a Sra. Abu Akleh e feriram seu colega Ali Sammoudi vieram das forças de segurança israelenses e não de disparos indiscriminados por palestinos armados como inicialmente alegado pelas autoridades israelenses". 

Em 20 de junho, o New York Times revelou em uma investigação que a bala que matou a jornalista foi disparada “da posição aproximada de um veículo militar israelense”. Essas conclusões se somam à já longa lista de investigações independentes e perícias conduzidas pela ONG israelense B'Tselem, pela Bellingcat, pela CNN e pelo Washington Post, que convergem na mesma direção. 

Enquanto a RSF pede, desde a morte da jornalista, por uma investigação internacional independente, a declaração das Nações Unidas chama as autoridades israelenses às suas responsabilidades. Já em 13 de maio, apenas dois dias após a morte da jornalista, o exército israelense encerrou o processo publicando os resultados de uma “investigação inicial”: “Não é possível determinar com certeza a origem do tiro que atingiu Shireen Abu Akleh fatalmente”, concluiu o relatório.

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