Programa de Apoio ao Jornalismo

-
Logo PAJOR

O Programa de Apoio ao Jornalismo (PAJOR) atua no fortalecimento da mídia independente e na promoção da liberdade de imprensa no Brasil. A iniciativa, promovida pelo escritório da Repórteres sem Fronteiras (RSF) para a América Latina, contribui com uma rede de 8 veículos de comunicação de 4 estados do país. 

A mídia independente e plural é condição indispensável para um sistema político democrático efetivo.

A partir dessa premissa, o Programa de Apoio ao Jornalismo (PAJOR) tem como objetivo contribuir com o fortalecimento de oito organizações de mídia espalhadas por 3 regiões e 4 estados do país. Seus jornalistas, comunicadores e comunicadoras exercem um papel fundamental ao criar novos espaços de debate e de construção de identidade, ao noticiarem o que não se costumava reportar e refletirem as faces outrora invisibilizadas das periferias e dos desertos de informação do país. Ao cruzar ferramentas do jornalismo, da cultura popular e do ativismo em defesa dos direitos humanos, estes grupos ocupam um lugar antes vago de denúncia e cobrança do que é marcado pela ausência do poder público.



Por um lado, são iniciativas que expõem violações, negligências e até violências do Estado. Por outro, são mobilizadoras e divulgadoras locais das potências associadas à cultura periférica, tanto na sua diversidade de expressões culturais e artísticas, quanto na produção de conhecimento e representação política. Além de células garantidoras do direito à informação, as mídias independentes fomentam um novo fazer político, trazendo mais vozes aos espaços de incidência na agenda pública.



Esta importante atuação se dá em meio a um cenário nacional de grande insegurança. Com o debate político polarizado, jornalistas são alvos recorrentes de ataques, tais como ameaças, linchamentos digitais, agressões físicas e assassinatos. Ao tratarem de temas sensíveis, ao representarem grupos já marginalizados pela sociedade e por contarem com menor visibilidade e respaldo institucional em relação a grandes redações, as equipes destes 8 meios são mais vulneráveis, no que concerne sua integridade física e também emocional.



Considerando este panorama e seguindo uma lógica de trabalho em parceria, o PAJOR tem como pontos de partida:

  • Desenvolver ações de fortalecimento institucional
  • Oferecer capacitação em proteção e segurança
  • Promover construção de redes por meio de intercâmbios e produções colaborativas
  • Mobilizar a luta em defesa da liberdade de expressão e de imprensa

Ao fortalecer estes 8 grupos, a RSF também quer tecer uma rede que interligue comunicadores que atuam em contextos semelhantes nos mesmos territórios de incidência do programa, reverberando o conhecimento produzido e criando sinergias que gerem apoio público a medidas concretas de garantia do livre jornalismo no Brasil. O programa foi lançado no primeiro semestre de 2020 e terá 3 anos de duração.



O PAJOR faz parte da iniciativa internacional Defending Voices, desenvolvida em parceria com a Repórteres sem Fronteiras Alemanha (Reporter ohne Grenzen) e financiada pelo Ministério da Cooperação e Desenvolvimento alemão (Bundesministerium für wirtschaftliche Zusammenarbeit und Entwicklung - BMZ).



A iniciativa também inclui um braço de atuação no México organizado pela ONG Propuesta Cívica, cujo objetivo é implementar uma série de ações destinadas a reverter práticas e marcos regulatórios que minam a liberdade de imprensa no país, buscando ainda justiça e reparação de danos para jornalistas, e seus familiares, que tenham sido vítimas de violações dos direitos humanos.

Veículos participantes

O PAJOR contribui com uma rede de 8 veículos de comunicação espalhados por 4 estados brasileiros: Amazonas, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.

Logo PAJOR

Ação Comunitária Caranguejo Uçá

Desde o início dos anos 2000, a organização comunitária atua na Ilha de Deus, território pesqueiro de Recife, no estado de Pernambuco, na perspectiva de formar cidadãs e cidadãos capazes de fazer uma leitura crítica e transformadora da realidade em que vivem. Seus pilares de trabalho são a educação, a cultura, a comunicação, a tecnologia e o meio ambiente.



No campo da comunicação, usam ferramentas do radiojornalismo e do telejornalismo, além do cinema, do teatro e da música para reivindicar direitos básicos dos moradores do território, como acesso a educação e a serviços de saúde de qualidade.



O grupo mantém uma rádio comunitária, a Boca da Ilha; um jornal exibido via internet e emissora pública, Jornal da Maré; e promove ações por meio do Grupo Percussivo Nação da Ilha, da Ciranda de Mulheres e do Cine Mocambo.

Instagram : https://www.instagram.com/caranguejo_uca/

Facebook : https://www.facebook.com/nucleodecomunicacaocaranguejouca/

Alma Preta

Jornalismo preto e livre: esse é o lema do Alma Preta, agência de jornalismo especializado na temática racial. Nascida em São Paulo, em 2015, a agência produz conteúdo no formato de reportagens, coberturas, colunas, análises, produções audiovisuais, ilustrações e de agenda cultural.



Criada por um grupo de jovens comunicadores da Universidade Estadual Paulista, o Alma Preta se dedica a evidenciar as desigualdades de raça no país, a questionar o Estado, a exigir direitos básicos da comunidade afro-brasileira e a valorizar o conhecimento e a cultura negra, através da prática de um jornalismo independente e qualificado.



A produção se divide em 4 editorias. Realidade promove o debate sobre racismo na política, economia, cultura e esporte. Da Ponte Pra Cá captura a visão da periferia e o que acontece de positivo nas favelas do país. Mama África reúne notícias que refletem a complexidade de temas e a diversidade do continente africano. Já O Quilombo é um espaço de opiniões dos colaboradores e parceiros da agência.

Internet do site : https://almapreta.com/

Instragram : https://www.instagram.com/almapretajornalismo/

Facebook : https://www.facebook.com/almapretajornalismo

Twitter : https://twitter.com/Alma_Preta

Amazônia Real

Produzir jornalismo independente e investigativo, que dá voz às populações amazônicas, é a tônica do trabalho da Amazônia Real. Criada por 2 jornalistas mulheres e sediada em Manaus, no estado do Amazonas, a agência é voltada à democratização e ao acesso à comunicação e sua produção parte da valorização de grupos sociais que estão na invisibilidade e de temas poucos explorados na mídia nacional.



Desde 2013, publicam reportagens, artigos, infográficos, fotografias, vídeos e documentários que tratam de proteção ambiental; mudanças climáticas; povos indígenas e tradicionais; conflitos agrários; política; economia; migrações; e defesa dos direitos humanos, das crianças, dos adolescentes e das mulheres.



Para garantir uma cobertura abrangente e diversificada da região amazônica, a Amazônia Real estabeleceu uma rede de jornalistas e colaboradores não só no estado do Amazonas, mas também no Acre, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, Pará, Tocantins, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. A mídia conta, ainda, com um grupo de colunistas especialistas nos temas amazônicos.

Internet do site : https://amazoniareal.com.br/

Instragram : https://www.instagram.com/amazoniareal/

Facebook : https://www.facebook.com/amazoniareal/

Twitter : https://twitter.com/amazonia_real

Data_labe

Nascido na Favela da Maré, no Rio de Janeiro, o Data_Labe é um laboratório especializado em dados e narrativas. Sua atuação envolve o trabalho paralelo com jornalismo, formação, monitoramento e geração cidadã de dados.



A produção do Data_Labe compreende reportagens, consultorias, relatórios analíticos, oficinas e eventos que levam em conta as potências e complexidades dos territórios populares e de seus moradores. Sua equipe é composta por gestores, jornalistas, designers e pesquisadores de origem popular que têm como norte a disputa pelo espaço narrativo, ecoando vozes diversas e dissonantes.



No centro de seus projetos, estão a crença num futuro democrático e a questão do imaginário construído sobre a cidade e seus habitantes. O laboratório nasceu em 2015 nas dependências do Observatório de Favelas, em parceria com a Escola de Dados, e hoje se estabelece como organização autônoma e autogerida.

Internet do site : https://datalabe.org/

Instragram : https://www.instagram.com/data_labe/

Facebook : https://www.facebook.com/datalabe/

Twitter : https://twitter.com/data_labe

Fala Roça

Uma comunicação da favela para todos, o Fala Roça é um jornal feito por e para moradores da Rocinha, favela do Rio de Janeiro considerada a maior do Brasil. Criado em 2013, o jornal debate identidade, representatividade, cultura e direitos humanos, sempre buscando combater visões estereotipadas e marginalizadas do território, produzidas pela mídia hegemônica.



O jornal nasce quando um grupo de jovens da Rocinha participa de oficinas da Agência de Redes Para Juventude, organização dedicada a estimular jovens a se entenderem como protagonistas de seus desejos e realizações.



Com suas reportagens no formato digital e impresso, além da presença nas redes sociais, o Fala Roça leva conteúdo qualificado para a população online e offline da favela. Em tempo: “Fala” vem da vontade de ampliar vozes e “Roça” remete a memória do local em que a mídia atua, quando a região em que hoje se localiza a favela da Rocinha era uma grande fazenda.

Internet do site : https://falaroca.com/

Instragram : https://www.instagram.com/jornalfalaroca/

Facebook : https://www.facebook.com/jornalfalaroca

Twitter : https://twitter.com/jornalfalaroca

Marco Zero Conteúdo

Fundada em 2015, a Marco Zero Conteúdo aposta na produção de conteúdo que dê destaque a temas de interesse público invisibilizados pela grande mídia. Em pauta, estão temas como direitos humanos, democracia, gênero, identidade e o direito à cidade, com atenção a questões socioambientais, à mobilidade urbana e à ocupação econômica, social e cultural do território.



Tendo como valor a pluralidade de vozes e de visões de mundo, suas reportagens contemplam ainda grupos de territórios periféricos, ao tratarem da perda de direitos e da violência praticada por agentes públicos.



Sediada em Recife, Pernambuco, a equipe da Marco Zero acredita na construção coletiva, investe em qualificar o debate público e trabalha inspirada pelas práticas do jornalismo investigativo e independente, produzindo também podcasts e materiais audiovisuais.

Internet do site : https://marcozero.org/

Instragram : https://www.instagram.com/marcozeroconteudo/

Facebook : https://www.facebook.com/mzconteudo

Twitter : https://twitter.com/mzconteudo

Nós, Mulheres da Periferia

Coletivo jornalístico independente formado inteiramente por jornalistas mulheres moradoras de regiões periféricas de São Paulo, o Nós, Mulheres da Periferia se lançou como um portal de notícias em 2014, com o objetivo de preencher um vazio de representatividade identificado pelas suas fundadoras.



Sua linha editorial se baseia na construção de narrativas mais contextualizadas, que dialoguem com as questões de gênero, raça, classe social e território. Nas pautas do Nós, as mulheres moradoras de periferias são sempre protagonistas das discussões que atravessam a sociedade brasileira.



O coletivo faz conteúdo para diferentes plataformas e trabalha com diferentes formatos de jornalismo - investigativo, literário, artístico, audiovisual - tanto no online, quanto no offline. A ideia é estabelecer uma linguagem sempre próxima, acessível e humana.

Internet do site : https://nosmulheresdaperiferia.com.br/

Instragram : https://www.instagram.com/nosmulheresdaperiferia/

Facebook : https://www.facebook.com/nosmulheresdaperiferia/

Twitter : https://twitter.com/nosmdaperiferia

Rede Wayuri

Desde 2017, a rede responde à necessidade de aprimorar a comunicação e a circulação de notícias na região do Rio Negro, um dos principais afluentes do rio Amazonas. A sua produção foca em fortalecer a autonomia dos povos indígenas, a partir da produção de narrativas próprias, do combate à desinformação e da luta contra estereótipos e preconceitos contra os povos indígenas.



Mensalmente, publicam boletins de áudio feitos por comunicadores de diferentes etnias, entre Barés, Baniwas, Desanas, Tarianas, Tukanos, Tuyukas, Wananos e Yanomamis. Os boletins são gravados nas línguas originais dos comunicadores e também traduzidos para o português. O conteúdo da rede circula por 750 comunidades indígenas da região por meio de aplicativos de mensagens, radiofonia e transmissão de arquivos por bluetooth e por aplicativos como ShareIT.



A rede está sediada em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, e também atua como mobilizadora do movimento indígena e promotora de ações voltadas à melhoria do bem viver de suas comunidades.

Soundcloud : https://soundcloud.com/wayuri-audio

Notícias

Acompanhe o que acontece no Programa de Apoio ao Jornalismo da Repórteres sem Fronteiras:

Feed de notícias

Evento reúne coletivos vencedores do edital Território Vivo

17 de dezembro de 2020



A conversa sobre liberdade de expressão e construção de narrativas na perspectiva dos territórios contou com a presença de representantes dos 5 coletivos que venceram o Edital de Microbolsas de Reportagem Território Vivo: Lena Oliveira (@crioulasvideo), Kcal Gomes (@livrotecabrincantedopina), Daniel Paixão (@frutodefavela), Henrique Somente (@ficcionalizar) e Felipe Santos, do Cine S.A.



Também participaram a professora de Comunicação da UFPE e coordenadora do @obmidia, Ana Veloso; e o coordenador da RSF na América Latina, Artur Romeu. A mediação foi de Laércio Portela, editor da Marco Zero Conteúdo.

Festival Fala discute jornalismo de causas, cultura e diversidade

23 a 25 de outubro de 2020

O festival discutiu o futuro do jornalismo a partir do diálogo com a arte, a cultura e as novas linguagens, assumindo também sua posição em defesa da democracia, dos direitos humanos e da diversidade de vozes, corpos e territórios.

As mesas redondas foram idealizadas e organizadas por 4 coletivos de mídia independente: Alma PretaMarco Zero, que fazem parte do PAJOR; além de 1 Papo Reto e Ponte Jornalismo.

A programação completa está disponível no canal de Youtube do Fala!

Criptofunk coloca liberdade de expressão, futuro e cura em pauta

19 a 29 de outubro de 2020

Com o lema “Criptografe dados, descriptografe o corpo”, a Criptofunk busca promover a autonomia e a liberdade das pessoas frente à influência das tecnologias em suas vidas. Num mundo em que a internet ganha cada vez mais centralidade nos cotidianos, as discussões sobre liberdade de expressão, privacidade, algoritmos, direitos humanos e cuidados integrais se tornam cada vez mais urgentes.

O evento acontece tradicionalmente no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Em 2020, em virtude da pandemia de Covid-19, a programação foi totalmente online e teve como temas "Liberdade, Futuro e Cura".

Confira os conteúdos disponibilizados no canal de Youtube da Criptofunk!

Alma Preta, Marco Zero, 1 Papo Reto e Ponte convidam para o Festival Fala

22 de outubro de 2020

Data_labe anuncia versão online da Criptofunk para 2020

24 de setembro de 2020

Marco Zero lança edital de reportagens Território Vivo

8 de setembro de 2020

Mídia independente garante acesso a informação durante a pandemia de Covid-19

30 de junho de 2020



Saiba como os veículos do PAJOR multiplicaram esforços para cobrir a pandemia e garantir tanto o direito a informação, quanto o direito à saúde nas periferias e desertos de informação brasileiros.

RSF lança programa de apoio ao jornalismo independente no Brasil

26 de junho de 2020



Conheça o novo programa da RSF para fortalecer a mídia independente no Brasil e promover a liberdade de imprensa. O PAJOR vai contribuir com uma rede de 8 veículos de 4 estados do país.

Parceiros

O Programa de Apoio ao Jornalismo conecta uma rede de comunicadores, jornalistas, veículos de comunicação e também de parceiros. Saiba quem contribui ou já contribuiu com as ações do programa:

Fale com a gente

Para saber mais sobre o Programa de Apoio ao Jornalismo, ou ainda para saber como apoiar o PAJOR, entre em contato.

Publié le