Infográfico: os países mais mortíferos da América Latina para os jornalistas (Português)

Ao monitorar diariamente as agressões aos jornalistas na América Latina, Repórteres sem Fronteiras decidiu optou por denuncia de forma mais global os assassinatos desses profissionais nos quatro países mais mortíferos para os jornalistas na região. Através de cinco infográficos, a organização aponta para os elevados números de jornalistas mortos no México, em Honduras, no Brasil e na Colômbia e tenta explicar esses tristes indicadores ao longo dos últimos 14 anos da história recente desses países. Desde o ano 2000, 201 jornalistas, blogueiros, comunicadores sociais e colaboradores da mídia foram assassinados nesses quatro países, por motivos comprovada ou provavelmente relacionados com suas atividades profissionais. Na maioria das vezes, a motivação exata do crime não foi ainda determinada. Quando são iniciadas, as investigações marcam passo e são frequentemente entravadas pela corrupção das autoridades. O México, primeiro dessa lista negra, se destaca por ser o país mais mortífero para os jornalistas do conjunto da América Latina, com 81 jornalistas assassinados entre janeiro de 2000 e setembro de 2014. A Colômbia chega em segundo lugar, com 56 vítimas, seguida do Brasil, onde 38 jornalistas foram assassinados durante o mesmo período. Por fim, as Honduras assistiram a um vertiginoso aumento no número de jornalistas mortos desde o golpe de Estado de 28 de janeiro de 2009, atingindo um total de 27 assassinatos. Em muitos casos, os jornalistas são vítimas de sua vontade de denunciar a ingerência política, as violações dos direitos humanos, o crime organizado e a corrupção. A quase totalidade desses crimes permanecem impunes, devido à ausência de vontade política e a um sistema judicial ineficaz. Estas cifras são ainda mais inquietantes pelo fato de nenhum desses países se encontrar oficialmente em guerra, apesar da presença contínua de paramilitares na Colômbia e da ofensiva federal contra os cartéis da droga no México durante a presidência de Felipe Calderón. Clique nos infográficos para ampliar.
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Updated on 20.01.2016