Rádio da oposição é fechada pelas autoridades (versão portuguesa)

No dia 13 de Fevereiro, a emissora de rádio privada Bombolom FM foi fechada, após ter sido acusada de "causar prejuízo à estabilidade do Estado". Repórteres sem Fronteiras pede ao Presidente da República (foto) que use de toda a sua influência para fazer com que a rádio volte a transmitir o quanto antes.

No dia 13 de Fevereiro, a emissora de rádio privada Bombolom FM foi fechada até segunda ordem pelas autoridades guineenses, após ter sido acusada de "causar prejuízo à estabilidade do Estado". Repórteres sem Fronteiras pede ao Presidente da República, Kumba Yala, que use de toda a sua influência para fazer com que a rádio volte a transmitir o quanto antes . "Esta estação de rádio faz críticas frequentes ao poder instaurado, mas não constitui, de modo algum, ameaça à estabilidade do país", declarou Robert Ménard, Secretário Geral da organização. "É apenas um pretexto utilizado pelo Governo para calar uma voz da oposição", acrescentou. Na tarde de 13 de Fevereiro, vários agentes das forças de ordem compareceram ao local onde está instalada a estação privada Bombolom FM para interromper a difusão dos programas. O prédio da rádio foi fechado e os empregados já não têm acesso aos escritórios. De acordo com o Secretário de Estado da Informação, João Manuel Gomes, a estação é acusada de "difundir notícias falsas que prejudicam a soberania nacional e a estabilidade do país". Segundo a redacção, essa medida poderia estar ligada às acusações feitas ao Presidente da República, ao microfone da rádio, por um deputado da oposição. Repórteres sem Fronteiras lembra que a Bombolom FM é um dos alvos prediletos do poder. Há vários anos, essa rádio é objecto de ameaças e pressões, e alguns dos seus jornalistas foram interpelados ou convocados pela justiça.
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Updated on 20.01.2016