Proibida a actividade da RTP (versão portuguesa)
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No dia 1° de Dezembro de 2002, o canal público português Radiotelevisão Portuguesa (RTP) teve a sua actividade proibida por tempo indeterminado na Guiné-Bissau, segundo a Secretaria de Estado da Informação.
"Esta decisão é injusta e não tem razão de ser. A RTP só está a cumprir a sua missão, isto é, informar a população guineense sobre acontecimentos que fazem parte da história do seu país", declarou Robert Ménard, Secretário Geral de Repórteres sem Fronteiras, em carta dirigida a João Manuel Gomes, Secretário de Estado da Informação. A organização pediu-lhe que retire a proibição que está hoje a pesar sobre a RTP e permita que os jornalistas exerçam livremente a sua profissão.
De acordo com um comunicado oficial, as autoridades censuram a RTP por ter divulgado "elementos cujo teor acarreta prejuízos à boa imagem da Guiné-Bissau no estrangeiro e podem fomentar a ira no país". Na noite anterior, o canal público português tinha divulgado retrospectiva dedicada ao segundo aniversário da morte do General Ansumane Mané, antigo chefe da rebelião de 1998, morto em Novembro de 2000, após tentativa de golpe de estado contra o presidente eleito, Kumba Yala. O chefe da agência da RTP em Bissau, João Pereira da Silva, deverá ser ouvido pela Secretaria de Estado da Informação a respeito dos elementos divulgados.
Repórteres sem Fronteiras lembra que dois jornalistas foram interpelados em Junho de 2002, consecutivamente à divulgação de informações relativas ao Presidente guineense. No dia 5 de agosto, um radialista também foi condenado a pagar multa por ter denunciado, através da sua antena, a concentração do poder em mãos de membros da etnia do Chefe de Estado.
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20.01.2016