Embora a Guiana proteja a liberdade de expressão e o direito à informação, os jornalistas que se opõem às autoridades são alvo de intimidações.
Cenário midiático
A Guiana desfruta de um sólido cenário midiático com uma diversidade significativa de meios de comunicação nacionais e regionais. Os principais jornais são The Stabroek News, Kaieteur News, Guyana Times e Guyana Chronicle. Este último pertence e é controlado pelo Estado, assim como o serviço de radiodifusão The National Communications Network. Além disso, existem vários canais de TV de notícias privados e serviços de notícias online. Embora uma tentativa de reforma do setor de radiodifusão tenha sido esboçada em 2020, ela não pôde ser realizada devido à falta de envolvimento e de consulta dos atores do setor pelo governo.
Contexto político
O fato de os membros da autoridade reguladora de mídia serem indicados diretamente pelo presidente dificulta a independência de algumas redações, cuja licença pode ser revogada.
Quadro jurídico
A Guiana é uma democracia parlamentar onde a liberdade de expressão e o direito à informação são garantidos pela constituição, mas essas leis nem sempre são rigorosamente aplicadas. As autoridades não hesitam em recorrer a processos por difamação contra a mídia crítica, e a ameaça de assédio judicial pode ser suficiente para impedir os jornalistas de prosseguir com uma reportagem. Nos últimos anos, o país aprovou uma legislação destinada a amordaçar os repórteres que se opõem abertamente às autoridades. O texto inclui, sobretudo, um projeto de lei anti-difamação que prevê multas e pena de prisão de até dois anos “para prender jornalistas que se opõem a seus partidos políticos”.
Contexto económico
A mídia de propriedade do Estado e controlada por ele compete com várias estações de rádio, canais e publicações privadas. Em dificuldades diante da receita publicitária dos meios de comunicação pró-governo, as redações independentes e da oposição veem sua viabilidade econômica ameaçada.
Contexto sociocultural
Os jornalistas guianenses são respeitados, geralmente protegidos e autorizados a exercer a sua profissão com total liberdade e independência.
Segurança
Embora os jornalistas raramente sejam alvo de agressões físicas ou violência, o carro do jornalista investigativo Travis Chase foi alvo de tiros em dezembro de 2023. Os profissionais da mídia também foram alvos de intimidações judiciais e suspensões. Eles são frequentemente assediados online por personalidades políticas e, por vezes, por desconhecidos.