
Suécia
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Pressões externas
Primeiro país do mundo a adotar uma lei de liberdade de imprensa, em 1776, a Suécia está entre as nações que mais respeitam a independência da mídia e mantém um ombudsman para lidar com reclamações e questões éticas. Ainda assim, os jornalistas não estão imunes a ameaças, ódio online e processos-mordaça.
A concentração da propriedade da mídia sueca permanece alta. Seis grandes proprietários controlam mais de 90% da imprensa diária. Em 2020, veículos de comunicação e jornalistas suecos foram atacados pela embaixada da China (devido a questões ligadas ao tema dos direitos humanos) e da Hungria (porque um meio de comunicação criticou as medidas húngaras de combate à pandemia). Jornalistas exilados da Turquia e do Irã também sofreram ataques e ameaças de seus países de origem.
Dawit Isaak, um jornalista com dupla cidadania sueca e eritreia, está preso na Eritreia desde 2001 sem ter sido julgado. Nenhum outro jornalista no mundo permaneceu preso por tanto tempo simplesmente por exercer suas funções. O autor e editor sueco-chinês Gui Minhai, detido desde 2015 na China, foi condenado por acusações infundadas a 10 anos de prisão. As mudanças no setor de mídia se aceleraram com a Covid-19. Os jornais impressos estão se digitalizando e vendo seu modelo de negócios mudar da publicidade para as assinaturas. Além disso, a pandemia teve consequências negativas para o princípio sueco de abertura, uma vez que as autoridades impediram os meios de comunicação de consultar documentos públicos relativos à Covid-19. A perda de receita publicitária causou dificuldades financeiras para vários meios de comunicação e os subsídios públicos mais do que dobraram. Mas a crise sanitária também aumentou o interesse pelo noticiário e abriu os olhos da sociedade sueca para a importância do jornalismo factual e relevante.
Posição
+1
4 em 2020
Pontuação global
-2.01
9.25 em 2020