Ranking 2023
91/ 180
Nota: 59,16
Indicador político
133
45.27
Indicador econômico
128
39.15
Indicador legislativo
41
77.18
Indicador social
103
59.87
Indicador de segurança
85
74.31
Ranking 2022
79/ 180
Nota: 61,51
Indicador político
118
47.47
Indicador econômico
129
34.92
Indicador legislativo
34
79.92
Indicador social
71
74.22
Indicador de segurança
78
71.03

Embora exista um jornalismo de qualidade na Sérvia, premiado por suas reportagens sobre crimes e corrupção, ele fica preso entre acusações de fake news e uma propaganda política desenfreada. Apesar de um arcabouço jurídico sólido, os jornalistas enfrentam pressões políticas e sofrem com a impunidade dos crimes cometidos contra eles.

Cenário midiático

Com mais de 2.500 meios de comunicação registrados no país, o mercado é altamente fragmentado. Entre os veículos mais influentes estão a emissora pública RTS e o canal de televisão independente N1, bem como vários tabloides. As reportagens investigativas de qualidade alcançam um público limitado, pois são publicadas somente online ou em veículos independentes. Banido pela União Europeia como resultado das sanções devido à agressão russa contra a Ucrânia, o canal de propaganda russa RT (antigo Russia Today) anunciou, em novembro de 2022, um projeto de transmissão em sérvio chamado RT Balkan.

Contexto político

Em um clima político altamente polarizado, os jornalistas são regularmente alvo de ataques de membros da elite dominante e amplificados por alguns canais de TV de alcance nacional.  Nem políticos nem instituições, incluindo a Autoridade de Regulação da Mídia (REM), composta principalmente por membros nomeados pelo governo, manifestaram até agora a vontade de remediar essa situação. Além disso, jornalistas críticos ao governo têm acesso restrito a entrevistas com seus representantes e a informações de ordem pública.

Quadro jurídico

Embora a Sérvia possua uma das legislações mais avançadas no campo da mídia e a Constituição garanta a liberdade de expressão, os jornalistas atuam em um ambiente muitas vezes restritivo, incluindo autocensura. Os regulamentos prescritos ao ministério público e à polícia em termos de reação a ataques a jornalistas produziram resultados positivos em casos específicos. No entanto, o judiciário, que lida com muitas questões de mídia, incluindo processos mordaça (SLAPPs), ainda precisa provar sua independência e eficácia na proteção da liberdade de imprensa.

Contexto económico

A maior parte da mídia obtém sua receita de publicidade e de subsídios estatais opacos – duas fontes às quais o acesso é amplamente controlado pela elite dominante e que são condicionadas pelo viés das publicações. A concentração da mídia é uma nova preocupação, com a estatal Telekom Srbija e a empresa privada SBB lutando por acesso, programação e usuários.

Contexto sociocultural

Na Sérvia, as jornalistas continuam a ser atacadas tanto pelo seu trabalho como pelo seu gênero. Grupos de extrema direita atacam a imprensa que aborda questões de migrantes e refugiados de forma favorável.

Segurança

Embora tenham sido feitos esforços para melhorar a segurança dos jornalistas e combater a impunidade dos crimes contra eles por meio da criação de dois grupos de trabalho e uma linha direta para a mídia, os jornalistas sérvios estão longe de se sentir protegidos - uma constatação reforçada pelo fato de que muitos ataques continuam não resolvidos, como o assassinato, em 1999, de Slavko Ćuruvija.