
eSwatini
eSwatini
Uma imprensa livre inexistente
A antiga Suazilândia, um pequeno enclave na África do Sul que se tornou "Eswatini" por decreto do rei em 2018, é uma monarquia absoluta que impede os jornalistas de exercer seu trabalho de maneira livre e independente. No reino de Mswati III, nenhum tribunal de justiça está habilitado a processar e julgar os membros do governo, mas qualquer crítica à monarquia é passível de processo. A justiça, longe de ser um baluarte independente e protetor das liberdades, costuma servir como um instrumento para enfraquecer o jornalismo. Em 2019, uma decisão judicial, por exemplo, proibiu a publicação de artigos sobre as condições para a obtenção de uma licença banco recentemente estabelecido no reino. A cultura do segredo, onipresente, dificulta o acesso à informação, e o controle estatal sobre os meios de comunicação é total. O redator oficial do rei, a pessoa que escreve seus discursos, também é editor chefe do jornal mais antigo e popular do país. A única televisão privada existente pertence à família real, e os críticos do poder estão sujeitos a pesadas penas, graças a dezenas de leis liberticidas que permitem processar jornalistas. Assédio, intimidação e agressão física contra profissionais da informação são comuns e resultam em autocensura quase permanente por medo de represálias. Em janeiro de 2018, um jornalista investigativo foi forçado a fugir para a África do Sul após ser ameaçado de morte por publicar um artigo revelando o envolvimento do rei em um caso de corrupção. Seu jornal foi fechado por ordem do monarca. Vários fotojornalistas também foram agredidos, principalmente pela polícia.
Posição
+6
147 em 2019
Pontuação global
-3.94
49.09 em 2019