Europa - Ásia Central
Cazaquistão
-
Ranking 2023
134/ 180
Nota: 45,87
Indicador político
134
44.06
Indicador econômico
143
36.03
Indicador legislativo
139
44.34
Indicador social
104
59.37
Indicador de segurança
133
45.54
Ranking 2022
122/ 180
Nota: 48,28
Indicador político
136
43.52
Indicador econômico
153
29.80
Indicador legislativo
135
51.93
Indicador social
140
52.30
Indicador de segurança
98
63.85

Embora a qualidade da informação online venha melhorando, a repressão tem se modernizado, com o controle crescente da internet, único espaço onde a imprensa independente pode se expressar.

Cenário midiático

Devastado por uma sucessão de reformas repressivas implementadas desde 1997, o cenário midiático serve essencialmente para veicular a propaganda do regime cazaque. Apenas alguns veículos independentes, como Vlast.kz, Uralskaya Nedelia e a agência de notícias KazTAG, sobreviveram. No entanto, vários projetos alternativos criados por jornalistas profissionais vêm sendo desenvolvidos no YouTube, no Telegram e no Instagram, como Protenge, Za nami uzhe vyekhali e Guiperborei (“Hiperbórea”), que contradizem a narrativa midiática pró-governo.

Contexto político

O governo está determinado a controlar a informação e usa de todos os meios disponíveis – prisão, violência, bloqueio de telecomunicações, cortes na internet – para impedir a cobertura midiática de grandes eventos, como as manifestações sem precedentes contra o governo que abalaram o país em janeiro de 2022. O acesso à informação é restrito, e as perguntas dos jornalistas em briefings do governo são censuradas. O Estado paga à mídia privada para difundir sua propaganda, e a nomeação de editores na mídia estatal e paraestatal depende do poder político. O próprio Ministério da Informação atua como regulador da mídia.

Quadro jurídico

Embora a Constituição proíba a censura, ela ainda é praticada. A difamação foi descriminalizada, mas não a “divulgação deliberada de informações falsas”. O direito ao sigilo das fontes pode ser revogado por uma simples decisão judicial. A reforma da lei de mídia, atualmente em andamento, pode fortalecer ainda mais o controle do governo sobre a imprensa.

Contexto económico

O apoio estatal à mídia depende diretamente da promoção da agenda do governo e da propaganda oficial. Privados de subsídios públicos, os veículos de comunicação independentes dependem essencialmente da publicidade e têm de competir com a mídia pró-governo, que dispõe de recursos para baixar os preços dos seus espaços publicitários.

Contexto sociocultural

A profissão desperta desconfiança generalizada na sociedade, que é mais propensa a acreditar em blogueiros ou usuários anônimos de redes sociais. A acusação de corrupção é amplamente utilizada contra jornalistas quando a cobertura de um assunto desagrada ao governo. Os obstáculos ao trabalho dos jornalistas estão muitas vezes ligados ao desconhecimento da lei, e os agentes de segurança de instituições estatais ou empresas privadas não hesitam em usar a força contra os profissionais da mídia.

Segurança

Alguns jornalistas são alvo de ameaças e ataques direcionados relacionados à sua atividade profissional, sobretudo nas redes sociais. No nível regional, são muitas vezes ameaçados diretamente pelas pessoas citadas em suas publicações. Jornalistas que não se curvam ao governo correm o risco de ir para a prisão. Alguns são alvo de espionagem eletrônica, como revelou oProjeto Pegasus”.