
Camarões
Camarões
Ameaça permanente aos meios de comunicação
Camarões continua seu longo retrocesso em termos de liberdade de imprensa. A infinidade de organizações de imprensa frequentemente apresentadas pelas autoridades não é suficiente para proporcionar um ambiente favorável aos meios de comunicação. Campeão Africano dos cortes de Internet em 2017, o país mais uma vez experimentou a interrupção de sua rede após a reeleição de Paul Biya para um sétimo mandato em outubro de 2018. A votação foi marcada por inúmeros abusos contra jornalistas e veículos de comunicação: ameaças, agressões, intimidação e prisões aumentaram durante as eleições e durante a contestação dos resultados que se seguiu. As detenções arbitrárias de jornalistas e os processos, sobretudo perante tribunais militares ou tribunais especiais, não são raros no país. A lei antiterrorista de 2014 foi usada para manter o correspondente da RFI na prisão por dois anos e meio. A prisão preventiva prolongada sem condenação, desde 2016, do ex-diretor da rádio e televisão pública camaronesa simboliza em si o peso das represálias que podem acontecer aos jornalistas que fazem da independência e da resistência à interferência do poder uma linha de conduta profissional. A constante ameaça ao exercício do jornalismo, especialmente para lidar com as questões mais sensíveis, como a crise anglófona e a luta contra o terrorismo, faz com que reine uma atmosfera de medo e autocensura.
Posição
-3
131 em 2019
Pontuação global
-0.04
43.32 em 2019