Américas
Estados Unidos
-
Ranking 2022
42/ 180
Nota: 72,74
Indicador político
36
72.99
Indicador econômico
38
59.33
Indicador legislativo
46
77.32
Indicador social
41
81.43
Indicador de segurança
72
72.63
Ranking 2021
44/ 180
Nota: 76,07
N/A
Estes indicadores não estão disponíveis antes de 2022 em função de uma mudança metodológica

Nos Estados Unidos, outrora considerados um modelo de liberdade de imprensa e liberdade de expressão, as violações à liberdade de imprensa estão aumentando a um ritmo assustador.

Cenário midiático

Embora a maior parte da mídia americana esteja livre da interferência do governo, muitos veículos populares são de propriedade de um punhado de indivíduos ricos. Em um cenário midiático global diversificado, as notícias locais diminuíram significativamente nos últimos anos. Em 2020, temendo uma onda brutal de demissões de diretores de agências de notícias do governo Trump, a RSF pediu à US Agency for Global Media e aos novos executivos de mídia que respeitassem a independência de seus títulos.

Contexto político

Após quatro anos de constante difamação da imprensa pelo presidente Trump, seu sucessor, Joe Biden, expressou o desejo de ver os Estados Unidos recuperarem seu status de modelo de liberdade de expressão, um desejo que se materializou na retomada das coletivas de imprensa regulares da Casa Branca e da agência federal. Apesar desses esforços, muitos dos problemas subjacentes e recorrentes que afetam os jornalistas permanecem ignorados pelas autoridades, como o desaparecimento da informação local, a polarização da mídia ou o enfraquecimento do jornalismo e da democracia causado pelas plataformas digitais e redes sociais.

Quadro jurídico

Um amplo debate está ocorrendo nos Estados Unidos em torno da reforma da seção 230 do Communications Decency Act, que isenta as empresas de redes sociais e outras empresas de hospedagem da internet da responsabilidade pelo conteúdo publicado por terceiros em suas plataformas. O governo dos Estados Unidos continua com sua demanda de extradição do fundador do Wikileaks, Julian Assange, para que ele responda na justiça pela publicação, em 2010, de documentos classificados. Julian Assange permanece em detenção provisória no Reino Unido, o que afeta o histórico dos dois países em termos de liberdade de imprensa.

Contexto económico

As restrições econômicas estão tendo um enorme impacto sobre os jornalistas que trabalham nos Estados Unidos, onde mais de 100 redações locais fecharam desde 2020 e onde os maiores jornais nacionais continuam perdendo assinaturas. Embora alguns meios de comunicação públicos, e estações de rádio em particular, tenham compensado um pouco seu declínio graças aos modelos de assinatura online, outros optaram por sustentar seu desenvolvimento por meio de um sistema de doações individuais.

Contexto sociocultural

De acordo com estudos recentes, a mídia americana é objeto de uma desconfiança sem precedentes.  A desinformação que afeta a sociedade americana criou um clima em que os cidadãos não sabem mais em quem confiar. O assédio online, especialmente contra mulheres e minorias, também se mostra um problema real para jornalistas e pode afetar sua qualidade de vida e sua segurança.

Segurança

Nos Estados Unidos, nos últimos anos, os jornalistas tiveram que trabalhar em condições perigosas e, durante as manifestações, em uma atmosfera de animosidade e agressões sem precedentes. Agressões físicas deliberadas têm como alvo repórteres claramente identificados como tal. Cada vez mais profissionais são alvo de assédio, intimidação e ataques em campo.