Collateral Freedom

A operação #CollateralFreedom permite contornar a censura na Internet graças a um dispositivo baseado na técnica de "espelho" que consiste em duplicacar sites censurados e hospedar cópias deles em servidores internacionais pertencentes a "gigantes" da web. Se um país tentar censurar esses sites, também deverá cortar o acesso a todos os sites e serviços hospedados por esse servidor gigante, o que causaria danos colaterais significativos para sua economia.
Collateral Freedom, a censura contornada em 18 países Inimigos da Internet
Em setembro de 2020, a RSF desbloqueou três sites de notícias adicionais bloqueados pelo governo de Belarus após os polêmicos resultados das eleições presidenciais de 9 de agosto de 2020.
A RSF desbloqueou oito sites de notícias adicionais censurados em seu país após publicar informações sobre o Covid-19 contrárias à narrativa do governo
Collateral Freedom: como a RSF dribla a censura
Para contornar a censura tecnológica instaurada por governos que não respeitam os Direitos Humanos, a RSF usou uma estratégia original baseada na técnica de "espelho", que consiste em duplicar os sites censurados e hospedar as copias em servidores internacionais pertencentes a "gigantes" da Web. Tornar esses serviços inacessíveis significaria privar milhares de empresas de tecnologias essenciais, gerando um custo econômico ou mesmo político muito alto, o que é difícil para países Inimigos da Internet.
Para manter os "sites espelho" acessíveis, a RSF usa uma largura de banda que se esgotará com o acesso aos sites. Cada internauta é convidado a contribuir com o financiamento dessa largura de banda para prolongar o acesso aos sites desbloqueados.
15 novos sites desbloqueados em 2020
Os sites espelho criados pela RSF em 2020:
RSF, bloqueado no Egito. Espelho: https://rwb.global.ssl.fastly....
La Voix de Djibouti, bloqueado no Djibouti. Espelho: https://voxdji.global.ssl.fast...
Civil Rights & Livelihood Watch (mingsheng guancha), bloqueado na China.*
Weiquanwang (维权 网), bloqueado na China.*
Masheka.by, bloqueado na Bielorrússia. Espelho: https://masheka.global.ssl.fastly.net/
Correio de Vitebsk, bloqueado na Bielorrússia. Espelho: https://vkurier.global.ssl.fastly.net/
Tribuna, bloqueada na Bielorrússia. Espelho: https://bytribuna.global.ssl.fastly.net/
Narinjara News, bloqueado na Birmânia. Espelho: http://narinjara.global.ssl.fastly.net/
Development Media Group (versão inglesa), bloqueado na Birmânia. Espelho: https://dmediag.global.ssl.fastly.net/
Development Media Group (versão birmanesa), bloqueado na Birmânia. Espelho: http://dmgburmese.global.ssl.fastly.net/
The Stateless, bloqueado na Birmânia. Espelho: https://thestateless.global.ssl.fastly.net/
Monoroom.info, bloqueado no Camboja. Espelho: https://monoroom.global.ssl.fastly.net
Akhbor, bloqueado no Tajiquistão. Espelho: https://akhbor.global.ssl.fastly.net/
Charter 97, bloqueado na Bielorrússia. Espelho: https://charter97.global.ssl.fastly.net/
Turan, bloqueado no Azerbaidjão. Espelho: https://turan.global.ssl.fastly.net/
* Por motivos de segurança, o link não é informado.
Implementação técnica
RSF desbloqueia 15 novos sites de notícias censurados. Essa operação de burlar a censura estatal só é possível graças a sofisticados processos técnicos chamados de “espelhamento”.
Para entender completamente o processo utilizado, você deve saber que cada site está hospedado em um servidor que os censores bloqueiam para impedir o acesso ao conteúdo. As autoridades ou outros grupos podem atacar endereços IP, nomes de domínio e conteúdo. Para evitar esse bloqueio no âmbito da primeira edição da Operação Collateral Freedom, a RSF utilizou técnicas inspiradas na organização GreatFire, que realizou várias ações desse tipo para contornar a censura chinesa.
Em fevereiro passado, a RSF estabeleceu como meta melhorar o processo de criação de cópias virtuais desses sites censurados. Ao final do hackathon Collateral Freedom organizado pela RSF e hospedado pela Cantine de Brest, desenvolvedores voluntários conseguiram criar um novo script que permite exibir, em tempo real, o conteúdo do site censurado em um servidor não censurado.
Os sites desbloqueados serão hospedados em um servidor estratégico (como Amazon, Microsoft, Google, etc.). Os danos e desequilíbrios “colaterais” gerados pelo bloqueio de tais servidores seriam, para os governos censores, maiores do que os ganhos esperados com o bloqueio.
No entanto, isso só é possível comprando largura de banda do novo servidor (por exemplo, Amazon). Uma soma fixa corresponde a uma certa quantidade de largura de banda. A “duração” dessa largura de banda varia de acordo com o número de visitas aos sites desbloqueados. Quanto mais um site for consultado, mais rapidamente a largura de banda será consumida.
É por isso que é possível fazer doações online para comprar e aumentar a quantidade de largura de banda disponível e assim prolongar a vida útil dessa operação para lutar contra os inimigos da Internet.
Para manter os "sites espelho" acessíveis, a RSF usa uma largura de banda que se esgotará com o acesso aos sites. Ao fazer uma doação, cada internauta é convidado a contribuir com o financiamento dessa largura de banda para prolongar o acesso aos sites desbloqueados. Novo: A RSF disponibiliza o "Censorship detector", uma extensão que permite o acesso a sites em países onde são censurados (via Google Chrome ou FireFox).
BAIXAR O "CENSORSHIP DETECTOR"
FAÇA UMA DOAÇÃO CONTRA A CENSURA