África
Libéria
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Ranking 2024
60/ 180
Nota: 65,13
Indicador político
64
54.87
Indicador econômico
80
45.98
Indicador legislativo
45
73.08
Indicador social
55
71.43
Indicador de segurança
78
80.27
Ranking 2023
66/ 180
Nota: 64,34
Indicador político
86
55.50
Indicador econômico
127
39.61
Indicador legislativo
43
76.98
Indicador social
43
80.00
Indicador de segurança
94
69.62

Desde meados dos anos 2000, a estabilidade política nascida do pós-guerra civil na Libéria favoreceu o surgimento da imprensa. No entanto, as agressões contra jornalistas continuaram com total impunidade.

Cenário midiático

Com mais de 40 publicações impressas, mais de 130 estações de rádio, alguns canais de televisão e um número significativo de meios de comunicação online, o setor de mídia da Libéria tem crescido nos últimos 20 anos, auxiliado pela estabilidade socio-política do pós-guerra civil (1999-2003). O rádio continua a ser a principal fonte de informação.  

Contexto político

Com a lei facilitando a criação de um meio de comunicação, muitos políticos aproveitaram para criar empresas de imprensa que seus parentes dirigem. Isso não apenas contribuiu para a proliferação da mídia, mas aumentou a capacidade dos políticos de influenciar seu conteúdo. O governo continua a ter um forte controle sobre a mídia estatal, enquanto as autoridades locais geralmente controlam o conteúdo e a operação das rádios comunitárias. 

Quadro jurídico

O ambiente jurídico melhorou significativamente nos últimos anos. A lei de imprensa aprovada em 2018 abole o crime de difamação do chefe de estado e o de sedição. A constituição garante a liberdade de expressão, da imprensa e de informação, e existe uma lei sobre o acesso à informação. Um Conselho Nacional de Imprensa, criado em 2016 por iniciativa do sindicato dos jornalistas União da Imprensa da Libéria (PUL), permite que a mídia se autorregule com um código de conduta.

Contexto económico

O ambiente econômico continua difícil e o mercado publicitário muito limitado. Os meios de comunicação que criticam as autoridades não têm acesso à publicidade de grandes empresas nacionais, cuja atribuição é gerida pelo Ministério da Informação. O jornalismo está entre as atividades profissionais menos remuneradas do país, e os sites de notícias são frequentemente forçados a escrever artigos de relações públicas em troca de apoio financeiro – restrições que prejudicam a independência da mídia.

Contexto sociocultural

Ainda há assuntos considerados tabus pela mídia, incluindo a mutilação genital feminina, além de atividades relacionadas à Franco-Maçonaria. Diante das ameaças que pairam sobre os jornalistas que tentam cobrir esses temas, a autocensura é bastante frequente.

Segurança

Os meios de comunicação são regularmente alvo de ataques graves na Libéria. As instalações do maior grupo de imprensa independente do país, Spoon Network, foram fechadas por 40 dias em julho de 2023. Quanto ao Concord Times, um dos meios de comunicação mais antigos do país, está fechado há mais de 3 anos, após uma investigação sobre a gigante siderúrgica Arcelor Mittal. Os jornalistas também são vítimas de ataques na justiça e por parte da polícia. Em 2022, um jornalista investigativo foi condenado a um mês de prisão por “perturbação da ordem pública” num caso que o opôs a um político, e três outros foram agredidos pela polícia ou por líderes políticos.